Publicado em 06/06/2016 às 19h41.

Pinheiro aposta que ministro do DEM ‘não irá agredir o povo baiano’

Novo secretário de Educação, senador licenciado não acredita que as demandas do Estado serão prejudicadas no governo Temer

Evilasio Junior
Foto: Manu Dias/ GOVBA
Foto: Manu Dias/ GOVBA

 

Empossado secretário de Educação da Bahia nesta segunda-feira (6), o senador licenciado Walter Pinheiro (sem partido) disse acreditar que o ministro do setor no governo Temer, Mendonça Filho (DEM), não irá prejudicar as demandas do estado.

O ex-petista relatou, em entrevista coletiva após a cerimônia, ter construído uma amizade nos seus anos de Câmara com o pai do democrata, já falecido, mas disse não esperar que os vínculos pessoais ou partidários interfiram na gestão. “Creio que Mendonça Filho respeitará as relações institucionais e não fará nada que signifique agredir o povo baiano. Ele tem todo direito de cuidar do povo pernambucano, mas foi colocado ministro para cuidar do povo brasileiro. Com Mendonça, eu espero ter um afinado relacionamento, assim como com o governo central e, inclusive, com o Ministério da Fazenda”, afirmou Pinheiro.

Para enfrentar a crise econômica que atinge o país, o novo titular da SEC disse ainda ter carta branca do governador Rui Costa para buscar recursos da iniciativa privada, organizações internacionais e agências de fomento mundiais. “Sempre parto do princípio que a gente não tem que olhar a escassez e sim olhar as prioridades. Portanto, se a gente souber apontar as prioridades, os recursos vão chegar exatamente para atender às prioridades”, disse o secretário.

A prioridade, no entanto, é fazer das escolas estaduais um ambiente agradável para os estudantes, profissionais e a comunidade para consolidá-las como ferramenta de transformação. “A meta é derrubar os muros da escola, derrubar no sentido figurado. A escola precisa se abrir para a sociedade. A sociedade só defenderá a escola quando ela sentir que também é parte dela e não ser aquele espaço onde o menino vai de manhã cedo e sente até que aquele espaço é uma prisão”, comparou.

Em relação aos servidores, Walter Pinheiro comentou ainda o questionamento do sindicato sobre cerca de 10 mil aposentadorias previstas este ano no funcionalismo da SEC. “Isso não é nenhum problema. Eu acho que é natural. As aposentadorias são resultantes do esforço laboral. As pessoas se aposentam cedo não por benesse, mas por uma questão que é a saúde. Temos que encontrar alternativas e não satanizar quem está se aposentando, muito pelo contrário. Temos que utilizar outras formas. Fazer um aproveitamento cada vez maior de profissionais e estudantes para dar uma sacudida na rede”, afirmou o secretário.

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