Publicado em 10/02/2019 às 17h00.

‘A política não é muito da mulher’, diz presidente nacional do PSL

Luciano Bivar criticou a regra que esta em vigor e determina que 30% dos candidatos devem ser do sexo feminino

Redação
Foto: Agência Câmara
Foto: Agência Câmara

 

O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, causou polêmica neste domingo (10), ao afirmar em entrevista à Folha de S. Paulo que mulher não tem vocação para política.

A declaração foi feita pelo empresário ao afirmar ser contra a regra em vigor que determina que 30% dos candidatos devem ser do sexo feminino. “[A política] não é muito da mulher. Eu não sou psicólogo, não. Mas eu sei isso”, disse.

Questionado pela reportagem se Maria de Lourdes, candidata a deputada federal em Pernambuco, acusada de ser laranja ao receber R$ 400 mil do fundo do PSL faltando três dias para a eleição, seria uma opção do partido caso não houvesse a lei, Bivar foi direto:

“Tem que colocar 30% de mulheres, certo? O partido que não coloca, ele vai incorrer em uma ilicitude. Vários candidatos masculinos foram cortados, porque tem que ter 30% de mulher. Eu considero a regra errada. É isso que eu estou dizendo que vocês têm que bater. Você tem que ir pela vocação, tá certo? Tem que ir pela vocação. Se os homens preferem mais política do que a mulher, tá certo, paciência, é a vocação”, afirmou.

O empresário ainda afirmou não ter sido consultado pelo PSL sobre o repasse de R$ 400 mil. “Quem decidiu foi a [direção] nacional, na época eu não era presidente. Nem da nacional, nem no estado. Mas eu acho que a decisão foi para quê? Ela tinha que colocar o número 17. O número 17 foi o mais bem vendido na eleição, alguns estudos mostram que o 17 ficou tão conhecido quanto o 13”.

Para Bivar o valor não foi nada além do que é investido na candidatura para o cargo de deputado. “400 mil? Uma campanha para deputado federal pode até R$ 2,5 milhões”, pontuou.

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