Publicado em 12/03/2019 às 11h30.

Ademir Ismerim diz que cotas para mulheres tem lá os seus equívocos

Segundo ele, o projeto não toca nada no que diz respeito à supressão de dinheiro para campanha, hoje obrigatório em 30%, o mesmo quantitativo das cotas

Levi Vasconcelos
Foto: Ilhéus Notícias
Foto: Ilhéus Notícias

 

O senador Angelo Coronel (PSD), que andou apanhando de todos os lados com o projeto que acaba a obrigatoriedade de os partidos lançarem 30% de mulheres como candidatas, enfim ganhou um aliado de peso: o advogado Ademir Ismerim (foto), especialista em direito eleitoral, diz ser a favor.

Segundo Ismerim, quando as cotas foram instituídas, em 1998, aceitava-se de início que quando não houvesse mulheres candidatas, as chapas podiam ser completadas com homens. Depois decidiram que quando não houvesse mulheres suficientes, as vagas teriam que ficar em branco:

— Hoje, não. Tem que ter 30% de mulheres ou então não existe chapa. É errado e o projeto de Coronel corrige isso.

Grana fora

Segundo Ismerim, o projeto não toca nada no que diz respeito à supressão de dinheiro para campanha, hoje obrigatório em 30%, o mesmo quantitativo das cotas:

— O projeto não buliu em nada de grana. Isso não existe.

Ele diz que a legislação eleitoral precisa de outros reparos. Citou, por exemplo, o caso do ex-prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho (PCdoB), que disputou a eleição subjudice e teve mais de 100 mil votos como candidato a deputado federal, mas perdeu o direito de assumir o mandato por estar condenado em segunda instância:

— Mas os votos dados a ele foram válidos. Ajudaram a eleger outro. Está certo?

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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