Publicado em 31/01/2017 às 15h13.

Alan Castro diz que Nilo não cumpriu acordo com deputados do PSL

Apesar de descontentamento com o partido, parlamentar afirma que vai ficar na sigla por causa da proibição da legislação eleitoral

Rodrigo Daniel Silva

Depois de declarar apoio à candidatura de Ângelo Coronel (PSD) na disputa pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Alan Castro (PSL) criticou, na tarde desta quarta-feira (31), o descumprimento de um acordo feito por Marcelo Nilo com os parlamentares filiados ao PSL.

De acordo com Castro, o comandante da AL-BA e da sigla prometeu aos seis deputados, que aderiram ao partido no início do ano passado, mais espaço na administração do governador Rui Costa (PT), mas não cumpriu o acerto. Segundo o parlamentar, Nilo teria dito que as indicações para a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e para Embasa seriam suas, porém, conseguiria mais uma pasta no governo para nomear aliados.

“Todo deputado quando sai de um partido e vai para o outro quer mais espaço para ter equipe e realmente, todos os deputados que foram para o partido, não tiveram estrutura nenhuma de cargo e emprego. O que Nilo queria era peitar outra secretaria para poder conseguir outros cargos para outros deputados, mas a Embasa e a Prisional ele não abriu mão. A revolta é que a gente ficou esperando a reforma e, na reforma, [o governador] Rui [Costa] achou que o PSL estava bem contemplado com a Seap e a Embasa e Nilo como presidente”, contou Alan Castro, em entrevista ao bahia.ba.

Apesar do descontentamento com a legenda, o deputado vai ficar no PSL, pois a legislação eleitoral proíbe sair do partido antes de seis meses da eleição. “Quem controla o PSL é Nilo e a gente não acompanhou o partido na votação [da AL-BA]. Ele como presidente pode querer expulsar, mas não acredito que ocorra, porque não é uma questão partidária, mas uma questão pessoal. Não acredito que vá chegar a esse ponto de expulsar”, ponderou.