Publicado em 27/04/2018 às 13h06.

Aliado de Lídice, ex-secretário critica Rui: ‘Quer tolher liberdade’

Vivaldo Mendonça defendeu a candidatura da senadora dentro ou fora da chapa do petista e desaprovou governador "dos bastidores"

Rodrigo Aguiar
Foto: Divulgação / CAR
Foto: Divulgação / CAR

 

Ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia na cota do PSB, Vivaldo Mendonça criticou publicamente o governador Rui Costa diante da iminência da senadora Lídice da Mata (PSB) ficar de fora da chapa majoritária em detrimento do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ângelo Coronel (PSD), aliado do senador Otto Alencar (PSD).

Em publicação no Instagram, Vivaldo defende a candidatura de Lídice, independentemente de estar ou não na chapa encabeçada por Rui. “Que pragmatismo político é este que é capaz de romper com um projeto de sociedade que fez dele ser o que é? Impedir a candidatura de Lídice na chapa dele não quer dizer que ela não possa ser candidata, ou a Bahia tem dono? Não tem”, afirmou o ex-secretário, pré-candidato a deputado estadual.

No texto, Vivaldo também contrapôs supostas características de Rui, ao questionar onde está “o governador que encantou e encanta a Bahia”.

“Um homem justo, amigo, decidido, que sei que mora no Palácio de Ondina! E este do bastidor que é duro, que não atende, que não dialoga, que não fala com as pessoas, que não atende em audiência, que barra em comitiva, que não dá bom dia, que não cumprimenta nos eventos, que manda recado e não fala direto, que trava, que deixa sabotar, que fica cercado de quem não diz o que precisa ser dito e que acha que sabe tudo quando ainda precisa aprender muito”, disse.

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Ainda ao falar sobre o petista, o ex-secretário relembrou as origens de Rui, mas para criticá-lo. “E por mais surpreendente que seja é este homem de luta e que desceu da Liberdade que quer tolher a liberdade do pensar e do fazer, que poder é este de alguém que veio da luta querer impedir a luta de quem é da luta?”, questionou.

Ao final do texto, Vivaldo garantiu que o PSB não ficará “do jeito que querem” e elucubrou sobre uma possível mudança de lado: “Assim como o governador pensa no que fazer, eu estou pensando; se foi assim num primeiro governo, o que será da Bahia num segundo sem oposição? Que posição devo adotar? Lembrei de meu avô Itamar cantando; e agora José? A luz apagou, a festa acabou e agora José? Me ajudem a pensar!”.

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