Publicado em 11/09/2017 às 11h38.

Após prisão de Ferraz, Neto diz que vai fazer mais exonerações na Codesal

Sobre a possibilidade de “rifar” o PMDB de uma eventual chapa majoritária no próximo ano, prefeito disse que o partido “é maior do que a figura A, B ou C”

Rodrigo Aguiar
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Foto: Alexandre Galvão / bahia.ba

 

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou nesta segunda-feira (11) que promoverá outras mudanças na Defesa Civil de Salvador (Codesal), após exonerar Gustavo Ferraz do comando do órgão.

Braço direito de Geddel Vieira Lima, Ferraz foi preso na última sexta-feira (8), junto com o ex-ministro, em operação da Polícia Federal. Foram encontradas digitais de Geddel e Ferraz em cédulas dos R$ 51 milhões apreendidos pela PF em imóvel ligado ao ex-ministro.

“Em relação à Codesal, estou fazendo ajustes essa semana. Haverá mudanças pontuais em nossa equipe, que não se limitará à escolha de um novo diretor-geral”, disse o prefeito, sem revelar se aqueles a serem exonerados são também ligados a Geddel.

Segundo o democrata, Ferraz realizava um “bom trabalho técnico” na Defesa Civil, “o que não o exime dos fatos postos”. “Esse vai ser o procedimento da prefeitura. Não tenho bola de cristal. Não posso prever ou saber ou ter conhecimento do que eventualmente colaboradores ou assessores nossos podem estar envolvidos. O fato é que, tomando conhecimento, é preciso agir com rapidez e firmeza, que foi o que nós fizemos com Gustavo Ferraz”, acrescentou.

Provisoriamente, o secretário de Cidade Sustentável, André Fraga (PV), fica responsável também pela Codesal.

Futuro do PMDB – Sobre a possibilidade de “rifar” o PMDB de uma eventual chapa majoritária no próximo ano devido ao desgaste político de Geddel, Neto disse que o partido “é maior do que a figura A, B ou C”.

“O PMDB não vai acabar; o que vai acontecer eu não sei, porque eu não sou do PMDB. O máximo que posso fazer é opinar se perguntado for. Caso não seja, sequer darei minha opinião, porque respeito a autonomia do PMDB”, afirmou.

Nos bastidores, há relatos de que democratas e tucanos pressionam para que peemedebistas não ligados ao grupo do ex-ministro assumam o controle da legenda. O atual vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis, se filiou ao PMDB em 2013, quando ainda era deputado estadual, para estreitar os laços do prefeito com a sigla. Aliados de Neto já falam da possibilidade de o gestor tentar “tomar” o PMDB baiano.

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