Publicado em 17/11/2016 às 18h56.

Belmonte: Jânio deve entregar prefeitura a irmão; PTN não vai interceder

Deputado diz que fará pesquisa e argumenta que opositores e apoiadores o pressionam para que a cidade “não perca” cadeira na Assembleia Legislativa

Evilasio Junior
Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados
Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados

 

Eleito prefeito de Belmonte com quase 5 mil votos, o deputado estadual Jânio Natal (PTN) deve optar por se manter na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e entregar a gestão do município do extremo sul ao próprio irmão Janival, vice da sua chapa.

Embora diga que as chances são de “50% de cada lado”, ele admite haver pressão de aliados para que não renuncie à cadeira de parlamentar e mantém o suspense até o fim do ano, embora a diplomação esteja marcada para o dia 15 de dezembro.

“Ainda não decidi, não. Devo decidir isso até 20 de dezembro. Não tem nada a ver a diplomação. Quem mais me alertou sobre a possibilidade [de não assumir a prefeitura] foram os meus opositores. Grande parte do meu pessoal também acha que Belmonte perderá um deputado. Ainda vou fazer uma pesquisa”, argumentou o deputado, em entrevista ao bahia.ba.

Na cidade, o prefeito eleito é acusado por políticos contrários de se movimentar para promover um “estelionato eleitoral”, já que o irmão não pontuaria bem nas pesquisas anteriores ao pleito e a candidatura do partido só teria crescido com a sua entrada na disputa.

“Primeiro, o seguinte: nas pesquisas que foram feitas antes, ele ganhava em todas. Lógico que a facilidade maior seria comigo. Mas Janival já é experimentado na cidade. Na eleição passada teve 4,4 mil votos”, disse Jânio. Este ano, não houve consultas registradas sobre intenções de voto em Belmonte pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Consultado pela reportagem, o deputado federal João Carlos Bacelar, presidente estadual do PTN, afirmou que o partido não irá interceder na questão. “É uma decisão única e exclusiva do deputado Jânio Natal. Há fortes argumentos tanto de ele permanecer na Assembleia quanto de assumir a prefeitura. É uma decisão muito pessoal. Não tenho o poder de determinar, de jeito nenhum. A decisão que ele tomar o partido vai acatar”, avisou o dirigente.

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