Publicado em 17/10/2018 às 12h25.

Bolsonaro já está na história: só com as redes, sem mais nada, assumiu a pole

É o grande desaguadouro da indignação coletiva

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Nada é permanente, exceto a mudança”

Heráclito, filósofo da Grécia antiga (535 a.C. – 475 a.C.)

Foto: Reprodução/Twitter/arquivo pessoal
Foto: Reprodução/Twitter/arquivo pessoal

 

Seja lá qual for o desfecho do segundo turno presidencial, Jair Bolsonaro já está na história do Brasil como o homem que detonou as tradições midiáticas e invadiu a alma popular calejada de tantos corruptos.

Mais ainda, uma fina ironia histórica: a roubalheira revelada pela Lava Jato foi construída em nome de financiar campanhas, e a dele não teve partido nem dinheiro de Fundo Partidário e nem aliados clássicos. Foi só nas redes sociais, outro fato a apontar novos tempos. E tomou a pole position.

Filha maldita

As pesquisas têm deixado claro: pela primeira vez na história que a corrupção passou a ser a inimiga pública número. E convenhamos, com razão, talvez bem agravada porque ela gerou uma filha maldita, a violência, que anda a galope nestes tempos de tanto desapreço pelo bem maior, a vida.

É por aí que Bolsonaro surfa. É o grande desaguadouro da indignação coletiva. Os que foram às ruas protestar na era Dilma, o que acabou abalando o impeachment, e tocavam panelaços, se recolheram após o escândalo Temer, Aécio Neves e Joesley Batista. E agora reaparecem. No primeiro turno detonaram os tucanos e agora encaram o PT com larga vantagem nas pesquisas.

Cid Gomes, ex-governador do Ceará, irmão de Ciro, brigou com petistas ao ter dito que o PT criou Bolsonaro. É isso aí. E agora vê sair culatra o último tiro da era Lula.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.