Publicado em 11/04/2017 às 15h42.

Carballal cogita que CEI dos combustíveis tenta abafar CPI na AL-BA

“Que o Palácio de Ondina está desesperado tentando fazer um monte de factoide para escamotear os problemas que afetam a gestão estadual, não tenho a menor dúvida”, diz

Evilasio Junior
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

O líder do prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara, Henrique Carballal (PV), disse que ainda desconhece o conteúdo do requerimento que pede a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar um suposto cartel nos postos de combustíveis de Salvador, mas não descartou uma operação casada entre os vereadores da oposição e a bancada do governo na Assembleia Legislativa.

Em entrevista ao bahia.ba, nesta terça-feira (11), o vereador afirmou que não teve acesso à documentação apresentada pelo chefe da minoria, José Trindade (PSL), no entanto demonstrou insegurança com a proposta. “Não sei se os pedidos têm objeto, se não têm. O governo [de Neto] não tem posição sobre o que foi apresentado. Se for apresentado um pedido de instalação de uma CEI que tenha objeto, que tenha importância, que tenha relevância, que tenha fundamento, nós podemos, inclusive, discutir”, considerou.

Para Carballal, se for instalada, a CEI “não é um movimento de oposição ou de situação”, mas cogita a possibilidade de a investigação ter sido planejada pelos aliados do governador Rui Costa (PT) para tentar abafar a CPI na Assembleia Legislativa que pretende apurar irregularidades no Centro de Convenções da Bahia. Estimada para esta terça, a instalação foi adiada pelos deputados estaduais aliados.

“Que o Palácio de Ondina está desesperado tentando fazer um monte de factoide para poder escamotear os problemas que afetam a gestão estadual, eu não tenho a menor dúvida. Se isso terá ou não sucesso aqui na Câmara, isso é um debate político que vai ser travado”, declarou.

De acordo com o presidente da Casa, Leo Prates (DEM), o requerimento já recebeu as 14 assinaturas necessárias e será votado em plenário no próximo dia 26. Para ser aprovado, precisa receber 29 votos favoráveis.

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