Publicado em 23/03/2018 às 15h00.

Cármen Lúcia: ‘Lula não teve tratamento especial’

Julgamento foi suspenso nesta quinta-feira pela “capacidade física” dos integrantes do Supremo Tribunal Federal, disse Cármen Lúcia

Redação
Ministra Cármen Lúcia, presidente do CNJ e STF (Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ
Foto: Gil Ferreira / Agência CNJ

 

O ex-presidente Lula não teve tratamento especial no julgamento relativo ao seu pedido de habeas corpus preventivo, disse a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista à rádio Jovem Pan.

De acordo com ela, o julgamento foi suspenso nesta quinta-feira (22) pela “capacidade física” dos integrantes da Corte.

“Era uma circunstância que se impôs diante de um horário e das condições dos juízes para que, se houvesse uma continuidade e se alongassem demasiadamente, isso sobrecarregaria provavelmente com consequências até pela capacidade física, e teria que ter continuidade na próxima sessão para que o julgamento seja justo, sereno, tranquilo, como tem de ser”, declarou a ministra.

A Corte determinou que o petista não pode ser preso antes do dia 4 de abril, quando a discussão será retomada.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que condenou Lula a 12 anos e 1 mês de prisão, julgará na próxima segunda-feira (26) o único recurso que questiona a condenação em segunda instância.

Para a presidente do Supremo, Lula não pode ter privilégios ou ser destratado, e sim um tratamento “digno e respeitoso”, como qualquer cidadão.

“Acho que o ex-presidente Lula tem que ter o mesmo tratamento digno e respeitoso pela Justiça brasileira que deve ser dado a todo e qualquer cidadão. Nem alguém pode ser considerado diferente por ser mais rico ou mais pobre, mais importante ou menos importante, ser líder ou ser um trabalhador. Isso não tem e não pode ter importância”, declarou.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.