Publicado em 26/04/2018 às 14h01.

‘Carnaval de Ivete’: Rui defende que cervejaria pague horas extras de PMs

"Não é possível que seja a população da Bahia inteira a ter que arcar com esse custo", disse o governador ao bahia.ba

Rayllanna Lima
Foto: Manu Dias / Gov-BA
Foto: Manu Dias / Gov-BA

 

Questionado pelo bahia.ba nesta quinta-feira (26) sobre deslocamento de policiais militares para fazer segurança no show de Ivete Sangalo na Barra, no domingo (29), o governador Rui Costa reiterou as palavras de seu secretário Maurício Barbosa (Segurança Pública), e defendeu que a Brasil Kirin (Schin) pague as horas extras dos policiais.

“Já que a marca terá um ganho que não será pequeno, ela terá que arcar com os custos. É assim em qualquer lugar no mundo. As outras pessoas que não têm nada a ver não podem pagar o custo desse evento. O dinheiro da hora extra dos policiais não sai do meu bolso, sai do bolso de quem está morando nas condições mais precárias, para quem está precisando de serviços públicos. Nós queremos que não só em Salvador, mas em todas as cidades da Bahia, as empresas que vão ganhar muito com retorno publicitário de sua imagem compartilhem essa despesa extra, porque a taxa é tão pequena. A taxa com certeza não chega a 10% de tudo que eles vão gastar em material publicitário. Não é possível que eles não possam gastar 7% disso para ajudar na segurança. Não é possível que seja a população da Bahia inteira a ter que arcar com esse custo”, disse Rui na cerimônia de inauguração da Estação Aeroporto do Metrô.

Rui ironizou o ‘carnaval de Ivete’ (promovido pela prefeitura de Salvador) por não ter nenhuma data comemorativa pública, e reafirmou o custo extra que o Estado terá com o efetivo policial.

“O evento tem uma marca. Estamos no mês de abril. O aniversário de Salvador foi em março… É uma festa que tem vínculo com um produto, com uma marca comercial. Já temos um contingente grande de policiais recebendo horas extras pra aumentar a presença da polícia em todas as cidades da Bahia. Toda vez que tem um evento de rua envolvendo muita gente, isso significa colocar muito mais policiais recebendo hora extra, é um custo adicional muito grande. Mas tudo tem um limite para o orçamento público”.

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