Publicado em 19/09/2017 às 07h20.

Delação de Geddel preocupa mais a Temer do que 2ª denúncia, diz jornal

Aliados do presidente da República avaliam que a situação do ex-ministro é “praticamente incontornável”

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

A eventual colaboração premiada do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), tem tirado mais o sono do presidente Michel Temer (PMDB) do que a segunda denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por obstrução de Justiça e organização criminosa contra ele, segundo o jornal Estado de São Paulo.

De acordo com a publicação, aliados de Temer apostam que a segunda acusação terá um placar mais favorável que a primeira quando chegar ao plenário da Câmara dos Deputados.

Já em relação a Geddel, a avaliação no Planalto é de que a situação é “praticamente incontornável” depois que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em espécie em um apartamento em Salvador, onde foram identificadas as impressões digitais do ex-ministro.

O Planalto avalia que Geddel é temperamental e emotivo e, por isso, não aguentaria muito tempo na prisão. Tais características, disse um auxiliar, podem aumentar ainda mais as chances de o ex-ministro fornecer informações em troca de benefícios.

Apesar disso, o discurso no governo é de que, se Geddel fechar acordo de colaboração premiada, não haverá nada de comprometedor contra o presidente. Ainda assim, a ordem no Planalto tem sido se distanciar ao máximo do ex-ministro. Desde que foram descobertos os R$ 51 milhões, os principais interlocutores do presidente evitam o assunto ou, quando abordados, dizem que ele não tem relação com o Palácio do Planalto.

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