Publicado em 09/03/2017 às 14h29.

Destino do Glauber Rocha será decidido por maioria simples

Havia impasse na Câmara se o projeto precisaria de maioria absoluta, o que dificultaria a vida dos vereadores governistas

Rodrigo Daniel Silva
Foto: Pedro Moraes/ GOVBA
Foto: Pedro Moraes/ GOVBA

 

Um dos impasses sobre a votação do projeto do Executivo municipal, que retira a região do Glauber Rocha do governo do Estado, foi resolvido nesta quinta-feira (9). Para ser aprovada, a matéria precisará apenas de maioria simples, ou seja, 22 sufrágios favoráveis à proposição que revoga uma lei de 1973.

Havia, nos bastidores, a discussão de que a matéria precisaria de maioria absoluta (29 votos), o que poderia dificultar a vida dos vereadores governistas na Câmara de Salvador. A decisão de votar por maioria qualificada foi tomada com cuidado para “não deixar nenhuma margem para fragilidade jurídica”.

Embora tenha maioria esmagadora na Casa, os liderados do prefeito ACM Neto (DEM) quase não aprovam na última votação uma proposta que beneficiava o vereador Paulo Câmara (PSDB), devido à exigência de ratificação por dois terços. Segundo a ala da maioria, não houve derrota por causa do voto de Edvaldo Brito (PSD), que é independente.

O embaraço para aprovar os projetos se deve a alguns fatores. A bancada do governo tem hoje 31 vereadores e a oposição 10. O presidente do Legislativo, Leo Prates (DEM), não vota e Edvaldo Brito nunca é posto na conta de nenhum dos lados.

Com as ausências constantes de Paulo Câmara, que não sabe se vai para Brasília ou fica em Salvador, perde-se mais um “sim”. Com a garantia da bênção de 30 representantes, a margem para endossar as matérias que requerem maioria qualificada torna-se mais apertada. A falta de mais dois, como Igor Kannário (PHS), que já cabulou sessões importantes, pode significar uma derrota do prefeito. Nos bastidores, comenta-se que, para evitar um iminente fracasso, foi adiada a apreciação do projeto, que estava previsto para esta quinta-feira, para a próxima quarta (15).

Indefinição – Outro impasse que há para a votação é se o pleito ocorrerá em um ou dois turnos, com duas ou três discussões. Segundo Prates, depende da bancada do governo.

Já sobre um possível acordo entre o governo e a prefeitura, que seria alinhavado entre os secretários da Casa Civil, Luiz Carrera (PV) e Bruno Dauster, até o momento, o entendimento não aconteceu.

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