Publicado em 03/11/2016 às 11h40.

Duda Mendonça tenta delação e cita caixa dois de Paulo Skaf

Presidente da Fiesp teria quitado despesas de marketing com recursos ilegais da Odebrecht; delação de marqueteiro ainda não foi aceita pela PGR

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

Em tentativa de fechar acordo de delação premiada, o publicitário Duda Mendonça revelou ao Ministério Público Federal (MPF) ter recebido da Odebrecht, por meio de caixa dois, parte dos pagamentos por trabalhos realizados na campanha de Paulo Skaf (PMDB), ao governo de São Paulo, em 2014. Conforme matéria publicada na Folha de S. Paulo desta quinta-feira (3), “a confissão do recebimento de recursos não declarados à Justiça Eleitoral faz parte de uma tentativa de delação premiada que o marqueteiro vem negociando com procuradores há cerca de dois meses.” Mendonça apresentou a proposta à Procuradoria-Geral da República (PGR) depois que o seu nome foi citado em meio às delações  da Odebrecht para a Operação Lava Jato.

Paulo Skaf, que é o atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), teria recebido recursos da construtora para quitar despesas de marketing, por meio do Setor de Operações Estruturadas, que seria o departamento de propinas da empreiteira.

A PGR não divulgou se vai aceitar a delação. Segundo a Folha, o acolhimento dessas informações dependeria da relevância que possam representar, na opinião dos procuradores. De acordo com a prestação de contas de Skaf na campanha de 2014 e divulgada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Votemim Escritório de Consultoria Ltda, de Duda Mendonça e outros sócios, recebeu sete pagamentos oficiais, totalizando o montante de R$ 4,1 milhões.

A conta dos serviços de marketing da campanha, porém, superou este valor segundo a apuração da Folha. O restante teria sido pago a Duda por meio de caixa dois.

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