Publicado em 14/04/2017 às 13h20. Atualizado em 14/04/2017 às 15h53.

Em delação, Emílio cita caixa 2 para Otto, Imbassahy e mais seis baianos

De acordo com o empreiteiro, políticos pediram pessoalmente doações ilegais de campanha a ele

Redação
Foto: Paulo Giandalia / Estadão Conteúdo
Foto: Paulo Giandalia / Estadão Conteúdo

 

No acordo de delação premiada, o empreiteiro Emílio Odebrecht citou oito políticos baianos que receberam doações ilegais de campanha, segundo informações do jornal O Globo desta sexta-feira (14).

De acordo com a publicação, o delator baiano afirmou que o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), os senadores Otto Alencar (PSD) e Lídice da Mata (PSB), o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB), o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner (PT) receberam caixa 2. Além deles, o ex-prefeito de Salvador, Mário Kertész, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e o ex-deputado João Almeida dos Santos (PSDB).

No entanto, contra o Otto Alencar e o ministro Imbassahy não foram abertos processos e eles estão fora da lista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin.

“Tenho certeza que todos eles tiveram, não tenho dúvida, quanto de uma forma e quanto de outra eu não sei, mas tanto a parte oficial como a parte do caixa 2”, afirmou Emílio Odebrecht, ao ressaltar que esses políticos pediram pessoalmente doações de campanha a ele.

Outro lado – Ao bahia.ba, o senador Otto Alencar afirmou que não “não teve nenhum contato” com Emílio Odebrecht nem com o filho, Marcelo Odebrecht, na eleição de 2014.

“A contribuição foi oficial e declarada ao TRE [Tribunal Regional Eleitoral]. Tanto é que não fui denunciado por [Rodrigo] Janot ao STF. Essa ajuda foi através do dr. Cláudio Ribeiro, diretor da Odebrecht, filho do ex-deputado Zezeu Ribeiro. Essa contribuição consta na declaração ao TRE, que posso demonstrar, pois, tenho cópia”, acrescentou.

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