Publicado em 23/03/2017 às 11h51.

Terceirização: governador critica projeto, mas exalta produtividade

Rui Costa citou Hospital do Subúrbio: “Se um médico faz 50 cirurgias e outro faz cinco, o que faz mais vai receber mais do que o que faz cinco”

João Brandão
Foto: Rodrigo Aguiar / bahia.ba
Foto: Rodrigo Aguiar / bahia.ba

 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse desconhecer o texto do projeto da terceirização, aprovado nesta quarta-feira (22) na Câmara dos Deputados. O chefe do Executivo baiano reprovou a ampliação da aplicação da medida em várias funções que precisam de maior especialização.

“Não sei como, de fato, vai ser implementado, mas algum nível de prejuízo vai trazer aos trabalhadores. O ideal teria sido um processo de negociação com as centrais sindicais”, disse, durante vistoria das obras viárias para a Linha 2 do Metrô de Salvador, nesta quinta (23).

Logo após a votação do projeto, o deputado José Carlos Aleluia (DEM) provocou o petista no Twitter e acusou o governo baiano de terceirizar atividade-fim nos hospitais.

“Não quero comentar crítica de Aleluia. Acho que o Brasil precisa se modernizar. Tenho conversado com sindicatos de servidores. Precisamos modernizar a Legislação de uma forma negociada com servidores públicos, para que a gente tenha contratos mais modernos e possamos remunerar pela produtividade, pela eficiência e dedicação dos servidores”, rebateu Rui.

O petista justificou a prática no Hospital do Subúrbio como fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP). “Lá os médicos recebem por produtividade. Se um médico faz 50 cirurgias e outro faz cinco, o que faz mais vai receber mais do que o que faz cinco”, comparou.

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