Publicado em 14/09/2018 às 11h47.

Haddad e Alckmin, que correm atrás de Bolsonaro, buscam ajuda baiana

Há um Bolsonaro no caminho

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Tem cautela; ajuda o sol com uma vela”
Millôr Fernandes, jornalista e humorista (1923-2012)

Foto: Cesar Ogata/Secom prefeitura de São Paulo
Foto: Cesar Ogata/Secom prefeitura de São Paulo

 

2018 quebrou uma tradição baiana, decisiva influência federal na questão estadual. ACM imperou por quase 30 anos sempre com o link federal. No dia que perdeu lá, com Lula, acabou perdendo cá.

Wagner ganhou em 2006 içado por Lula presidente, se reelegeu com folga em 2010 no time de Lula, e em 2014 Rui Costa tornou-se governador no mesmo embalo.

Em 2018 é diferente. Amanhã Fernando Haddad vem para a Bahia circular em Vitória da Conquista e Jequié, recebendo a recíproca de Rui e Wagner para se viabilizar como o 13 do Lula sem ser Lula.

No ninho

Na oposição é a mesma coisa, um pouco piorado. No duelo federal dos últimos 25 anos entre petistas e tucanos, sempre ficou com os tucanos, e agora mantém a tradição. Geraldo Alckmin vem à Bahia na próxima sexta com agenda costurada por ACM Neto ainda em aberto (inclui Salvador e uma cidade do interior, que pode ser Feira ou Barreiras).

A questão é que Alckmin está emperrado nas pesquisas. Se bem estivesse, puxaria Zé Ronaldo para cima. Do jeito que está, ele precisa mais é ser empurrado.

Se na Bahia a briga é polarizada entre Rui Costa e Zé Ronaldo, o cabeça do time de Neto, na banda federal é pulverizada. Petistas e tucanos que sempre estiveram no segundo turno duelando lá e cá podem experimentar em 2018 um ter que acabar votando no outro. Há um Bolsonaro no caminho.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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