Impeachment: Benito garante ‘sim’ de PTB e prevê votação no dia 13

Apesar de ser um dos partidos assediados para integrar os espaços deixados pelo PMDB, que desembarcou do governo federal na última terça-feira (29), os três deputados do PTB que integram a Comissão Especial do Impeachment vão votar favoravelmente ao afastamento da presidente Dilma Rousseff, garantiu o deputado federal Benito Gama – vice-presidente nacional da sigla – em entrevista ao bahia.ba.

De acordo com o parlamentar, a legenda se tornou “independente” desde o final do ano passado e cogita até mesmo seguir o mesmo caminho dos peemedebistas e romper de vez com o Planalto. “É uma possibilidade, mas eu não poderia dizer agora porque depende da liderança, da reunião que nós vamos ter, mas o partido começou o governo mais fechado com a presidente e hoje está mais dividido”, pontuou Gama, sem precisar a data do encontro.

Em relação ao trâmite do processo de impedimento na Câmara, segundo Benito, como a mandatária tem até segunda (4) para entregar a sua defesa, a expectativa é a de que haja pedido de vista para ajustes no relatório, que deverá ficar pronto até sexta (8). “Segunda deve ser votado na comissão e quarta (13) já pode ser votado em plenário, mas vai depender do Eduardo Cunha [PMDB-RJ, presidente da Casa]”, projetou o petebista, que ainda previu um acordo de procedimentos entre os integrantes do colegiado para evitar a chamada “obstrução legislativa”, utilizada para atrasar a votação. “Tem uma lei que diz que cada partido tem uma hora [para discutir a matéria]. São 25 partidos, então seriam 25 horas”, pontuou.

Além de Benito, o PTB tem o relator do processo de impeachment, Jovair Arantes (GO), e o deputado Luiz Carlos Busato (RS) na comissão.

Bahia – De acordo com o deputado petebista, o PTB está “100%” fechado com o prefeito ACM Neto (DEM), em Salvador, e não pretende apoiar oficialmente o governador Rui Costa, apesar de o presidente estadual da sigla, Jonival Lucas, ser aliado do petista. “Nós não conversamos ainda sobre governo do Estado. No governo do estado há uma dissidência”, admitiu Benito Gama, ao comentar a exigência do PT de as siglas da base não estarem dos dois lados, fato que tirou o PDT do Palácio Thomé de Souza. “Nem nós queremos também. Não é saudável”, opinou o parlamentar.