Publicado em 09/05/2019 às 16h58.

Isidório diz que Bolsonaro quer ‘genocídio’, e promete derrubar decreto de armas

"Pra que alguém quer que criança aprenda a dar tiros?", questiona deputado

Breno Cunha
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba

 

Integrante da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, o baiano Sargento Isidório (Avante) confirmou ao bahia.ba que irá liderar a articulação na Casa parar barrar o decreto presidencial que flexibiliza o porte de armas.

O deputado, que também é capitão da Polícia Militar, acusa Jair Bolsonaro (PSL) de querer fazer “um genocídio no país” e “derramar sangue do povo inocente” ao facilitar o acesso às armas para alguns grupos, como políticos, caminhoneiros e jornalistas.

“Você acha que todo caminhoneiro tem equilíbrio para usar arma? Imagine no parlamento todo mundo armado. Eu até admito que um juiz de direito possa usar arma, porque são pessoas preparadas psicologicamente, mas liberar arma pra advogado, deputado, motorista de caminhão…? Eu entendo que existem profissões de risco, mas se liberar arma pra todo mundo, vamos viver em um cemitério ambulante”, defende.

Para ele, o presidente “está a serviço de empresas de armas, que terão grandes lucros” e a decisão transformará policiais em “fantoches”. “Se todo mundo estará armado, o que a polícia vai fazer mais?”, questiona.

Isidório também cita o fato de crianças e adolescentes poderem praticar tiro esportivo sem uma autorização judicial, conforme estabelece o decreto assinado por Bolsonaro. “Pra que alguém quer que criança aprenda a dar tiros?”.

Por fim, o parlamentar prometeu união da bancada evangélica para barrar o decreto: “Se a gente deixar passar uma desgraça dessa aqui tempo, estamos cometendo um crime. Na disputa eleitoral ficamos distantes. Um pastor foi para um lado, o outro pastor foi para o outro, mas agora nesta luta estaremos juntos, liderando a frente”.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.