Publicado em 25/05/2017 às 07h50.

Janot defende delação com JBS, alfineta Band e ataca sistema político

O procurador-geral da República disse que, “se não fosse possível, jamais celebraríamos acordos de colaboração com nenhum criminoso”

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não poupou crítica à classe política em seu artigo de opinião, publicado nesta quinta-feira (25), no jornal Folha de S. Paulo.

Para o chefe da PGR, o acordo de delação premiada com a JBS “demonstrou que três anos de intenso trabalho não foram suficientes para intimidar um sistema político ultrapassado e rapineiro”. “Se não fosse possível, jamais celebraríamos acordos de colaboração com nenhum criminoso”, defendeu-se.

O procurador-geral alfinetou o Grupo Bandeirantes de Comunicação, sem citar nome, que, recentemente, divulgou um editorial pró-Temer e contra as investigações do Ministério Público federal (MPF).

“Um importante veículo de imprensa, em editorial, sintetizou as críticas: a) os áudios não foram periciados; b) o acordo foi brando com os colaboradores; c) o caso não deveria ter ido para o ministro Edson Fachin, mas sim levado à livre distribuição no plenário do STF. Fui tachado de irresponsável”, disse.

Janot, por último, admitiu que o áudio em que o empresário Joesley Batista gravou o presidente Michel Temer (PMDB) não foi periciado. “Nesse ponto, é preciso esclarecer que o inquérito requerido ao STF, entre outras tantas coisas, serve para viabilizar a realização dessa diligência”, concluiu.

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