Publicado em 11/12/2017 às 09h04.

Oposição ataca nas finanças de Rui, um ponto forte do governo. Vai colar?

Já que a farra do caixa 2 deu uma boa brecada por conta da Lava Jato, a briga de 2018 já dá sinais de que vem pelo caixa 1, a grana oficial que flui pelos trâmites legais

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“O único lugar onde o sucesso vem antes que o trabalho é no dicionário”

Albert Einstein, físico alemão, pai da teoria da relatividade (1879-1955)

 

Foto: Alexandre Galvão / bahia.ba
Foto: Alexandre Galvão / bahia.ba

 

Já que a farra do caixa 2 deu uma boa brecada por conta da Lava Jato, a briga de 2018 já dá sinais de que vem pelo caixa 1, a grana oficial que flui pelos trâmites legais.

E foi aí que os adversários de Rui atacaram: a Secretaria do Tesouro Nacional, que faz o ranking dos Estados confiáveis para empréstimos numa escala tipo A, B, C e D, rebaixou a Bahia de B para C, o que justificaria a não concessão do empréstimo de R$ 600 milhões já plenamente aprovado.

Diz o deputado Elmar Nascimento (DEM) que isso prova que as contas da Bahia não vão lá tão bem. “São maquiadas”.

José Aleluia (DEM) bate forte:

— Como é que Otto Alencar vai explicar que a incompetência do seu governador gerou esse quadro de insegurança [pública]?.

E Otto Alencar responde idem:

— Esse empréstimo de R$ 600 milhões passou por Meirelles, por todo mundo, publicaram no Diário Oficial e agora eles vem com essa conversa? E cadê os R$ 300 milhões do metrô de Salvador, que estão lá travados? O Rio é classe D, a pior, e eles liberaram R$ 5 bilhões. Isso é uma sujeira articulada por baianos. Eles lá em Brasília mandaram o recado explícito para mim: ou vota com Temer (contra as denúncias de Janot) ou não tem dinheiro. Eu respondi que não estou à venda.

Seja como for, a sensação que fica é a seguinte: Rui Costa tem no equilíbrio financeiro do Estado um dos seus pontos fortes e a oposição resolveu atacar por aí. Cola?

Um drible nos Baixios

Aliados de Temer na Bahia articulam uma manobra para tirar bônus sem ônus na inauguração da etapa final do Projeto Baixios de Irecê. A ideia: Temer viaja, Rodrigo Maia (presidente da Câmara e amigo de Neto) assume interinamente, vem e inaugura.

Antes, pensou-se em levar Temer. Mas prevaleceu o temor de que a festa se transformasse num festival de vaias e a pretensão é tirar dividendos políticos.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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