Publicado em 29/03/2016 às 17h40.

Pinheiro diz que não fará ‘oposição frenética’: ‘Seria oportunismo’

Senador afirma que ainda não decidiu posicionamento sobre impeachment da presidente Dilma Rousseff e qual será o destino partidário

Evilasio Junior
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

O senador Walter Pinheiro (PT) afirmou ao bahia.ba que a decisão de deixar o PT foi “tensa”, mas “extremamente pensada”. Sem dar detalhes, o agora ex-petista justificou como principal motivo para deixar a sigla que ajudou a formar na Bahia a “correção dos rumos do Brasil”.

“Tenho obrigação de tentar consertar as coisas do país. Eu, na realidade, tive um posicionamento de cobrança de funcionamento do governo e agora fico em uma posição muito mais fácil, porque tudo o que eu falo agora, falo com isenção. Busquei caminhos e tentei alternativas para contribuir com o governo. Tentei fazer propostas e lamentavelmente o governo optou por um caminho de se fechar em copas e desvirtuou completamente”, justificou.

Apesar das queixas à gestão da presidente Dilma Rousseff, o parlamentar nega que irá migrar para a bancada da minoria. “Não saio para fazer uma oposição frenética ao governo. Não vou me atirar no plano federal, seria oportunismo. Nesse tempo todo em que se especulava que eu iria sair, ninguém me viu fazer nenhum ataque ao PT”, declarou. No entanto, Pinheiro não descarta votar favoravelmente ao impeachment da mandatária, caso o processo seja aprovado na Câmara dos Deputados. “Eu vou analisar os fatos quando chegar ao Senado, aí todo mundo vai poder conhecer o meu voto, que é aberto”.

Em relação à política local, o senador revelou ter se reunido com o governador Rui Costa (PT) na noite desta segunda (28), para tratar de liberação de recursos para o Estado, e promete se manter aliado. “O governo de Rui é um bom governo. A minha esperança, inclusive, em 2018, é apoiar a reeleição de Rui Costa”, prospectou.

Já sobre o futuro partidário, Pinheiro garante que não definiu qual será a sua próxima morada. “Por enquanto, eu ainda vou esperar assentar a poeira antes de tomar uma decisão. Eu tenho dito a todo mundo que, de todo modo, as eleições de 2016 e 2018 não estão no meu horizonte. O que vai acontecer será fruto do processo de desdobramento da própria política”, disse. Antes mesmo da saída do PT, o nome do senador já era especulado em legendas como PSD e PSB.

Fundador da seção baiana da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Walter Pinheiro foi vereador de Salvador (1993—1996) e deputado federal (1997-2011), sempre pelo PT.

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