Publicado em 09/06/2016 às 07h07.

Políticos do PMDB acertavam versões contra a Lava Jato, diz Janot

De acordo com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, Renan, Sarney e Jucá teriam recebido R$ 70 milhões da subsidiária da Petrobras

Redação
(Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
(Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

 

O pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR) pela Procuradoria-Geral da República aponta que eles combinavam versões de defesa e estratégias para evitar serem alcançados com o avanço das apurações da Operação Lava Jato.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a ideia seria costurar as defesas dos peemedebistas e impedir que o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, colaborasse com as apurações. Há ainda indícios de que seriam produzidos documentos para tentar maquiar os desvios na gestão de Machado. Segundo Machado, Renan, Sarney e Jucá teriam recebido R$ 70 milhões da subsidiária da Petrobras. O objetivo seria, se não impedir, dificultar a ação de órgãos de controle.

A base dos pedidos de prisão são as gravações dos caciques do PMDB feitas por Machado, repassadas à Procuradoria. Também foram entregues documentos que comprovariam movimentações financeiras. Nem todos os áudios em poder da PGR foram divulgados. Os procuradores também argumentam que os diálogos captados demonstram interesse do trio em mudar a decisão do Supremo que prevê a prisão de condenados a partir da segunda instância.

A delação de Machado também cita senadores e deputados de outros partidos que teriam recebido recursos de fornecedoras da Transpetro. Um deles se refere à deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

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