Publicado em 13/03/2017 às 10h35.

Relator da Reforma Política assume erro do PT em ‘não ter feito antes’

Deputado Vicente Cândido (PT-SP) vê que base do ex-presidente Lula perdeu a oportunidade de diálogo no momento ideal, quando a popularidade do governo estava em alta

Rebeca Bastos
Foto: Rodrigo Aguiar/bahia.ba
Foto: Rodrigo Aguiar/bahia.ba

 

O deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) assumiu o “mea culpa” por seu partido não ter patrocinado o diálogo sobre a reforma política no país quando surfava em uma onda de popularidade, durante os primeiros mandatos petistas na Presidência da República, entre 2003 e 2010. “Acho que é mais culpa dos partidos aliados e mais culpa do meu, o PT, por não ter feito esse debate com consequências práticas no período do segundo mandato do presidente Lula”, admitiu, antes de participar da mesa-redonda sobre a Reforma Política, realizada nesta segunda-feira (13), no auditório da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

O parlamentar disse ainda entender que as atualizações eleitorais devem ser propostas sobretudo pelo parlamento, pois “quando o Executivo o faz”, corre risco de inflamar os seus apoiadores. “Eu acho que reformas políticas e tributárias deveriam ser de iniciativa mais do Congresso Nacional e da iniciativa popular do que de governos, porque sempre que você mexe com pontos como esse, você mexe na base do governo, e a base acaba conflitando em pontos importantes e sensíveis como esse”, avaliou.

Lista fechada e financiamento – O relator também adiantou que “não consegue imaginar as próximas eleições de 2018 sem as novas regras de financiamento de campanha e sistema de votação”.

“Eu defendo, junto com o meu partido, e várias bancadas, como o PMDB, PSDB, o DEM, que a gente implante em uma transição de duas eleições a lista fechada, porque a campanha ficaria mais barata e depois vamos deliberar sobre os demais pontos”, disse. Ainda conforme o petista, o eixo principal a ser tratado neste momento é justamente sobre o sistema de votação e financiamento de campanha em um fundo eleitoral exclusivo.

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