Publicado em 15/02/2017 às 18h52.

Sob protestos, Câmara aprova projeto que regulamenta Reda

Oposição tentou obstruir a votação ao questionar a ata da sessão; governo diz que nova lei trará uma economia estimada em R$ 100 milhões

Rodrigo Daniel Silva
Foto: Jefferson Peixoto/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Jefferson Peixoto/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

Em meio a protesto de terceirizados da prefeitura de Salvador, a Câmara Municipal aprovou, na tarde desta quarta-feira (15), o projeto do Executivo que regulamenta as contrações via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).

Com um quórum de 39 presentes (se ausentaram Igor Kannario, Lorena Brandão, Moisés Rocha e Paulo Câmara), a matéria recebeu 29 votos favoráveis e nove contra. Três emendas, duas do líder do governo, Henrique Carballal (PV), e outra de Edvaldo Brito (PSD), foram incluídas no texto original.

A oposição tentou obstruir a votação ao questionar a ata da sessão desta terça (14) e fez longos discursos. Em sua fala, o vereador Carlos Muniz (PTN) chamou a proposta de “nociva ao trabalhador”. Já o líder da oposição, José Trindade (PSL), disse que o projeto “era mais uma malvadeza” do prefeito ACM Neto (DEM).

Ainda na sua fala, o chefe da bancada da minoria citou o fato de o secretário de Gestão, Thiago Dantas, não ir à Câmara prestar esclarecimentos sobre a matéria, como havia sido acordado.

Carballal rebateu as declarações dos contrários. Disse que o projeto trará uma economia estimada em R$ 100 milhões, já que os terceirizados serão substituídos pelos contratados via Reda. Atualmente, segundo ele, a prefeitura tem 10.896 terceirizados e cerca de 3,5 mil serão substituídos. “Tudo por meio de uma seleção. Lá atrás o governo do Estado fez a mesma coisa e a oposição não falou nada”, pontuou.

O líder do PT, Luiz Carlos Suíca, negou. Disse que, quando o governo fez a mudança, convocou o Ministério Público do Trabalho e representantes dos sindicatos para dialogar.

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