Publicado em 26/12/2018 às 21h20.

‘Sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro’, diz Queiroz sobre caso Coaf

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro falou publicamente pela primeira vez sobre movimentações de R$ 1,2 milhão em sua conta

Redação
Foto: Reprodução/SBT
Foto: Reprodução/SBT

 

Ex-assessor e motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz falou publicamente o pela primeira vez nesta quarta-feira (26) sobre as movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão em sua conta, apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) .

O caso levantou uma crise em torno do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), pai de Flávio.

De acordo com Queiroz, o dinheiro foi fruto do mercado de carros. “Sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro”, disse, em entrevista ao SBT. “Compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro, sempre fui assim. Gosto muito de comprar carro em seguradora. Na minha época lá atrás, eu comprava um carinho, mandava arrumar, vendia.”

O ex-assessor passou a ser o pivô da principal problema político do presidente eleito Jair Bolsonaro quando o Estado revelou, no dia 6 de dezembro, que um relatório do Coaf apontou movimentações atípicas em suas contas.

Segundo o documento, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Uma das movimentações foi o depósito de um cheque de R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro ­- no início de dezembro. Bolsonaro disse que o cheque era o pagamento de um empréstimo.

Além disso, o Estado de S. Paulo revelou que funcionários do gabinete de Flávio chegaram a depositar 99% do que receberam no período na conta de Queiroz, e que a maioria das transferências foram feitas no dia ou em datas próximas ao pagamento na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Esta é a primeira vez que o ex-assessor fala publicamente sobre o assunto. Por duas vezes, Queiroz alegou problema de saúde para não comparecer ao depoimento que seria prestado ao Ministério Público nos dias 19 e 21 deste mês.

No dia 7 de dezembro, Flávio Bolsonaro disse ter conversado com Queiroz, e afirmou que ele teria lhe dado “explicações convincentes” para o episódio, mas não disse quais seriam elas. Com informações do Jornal do Brasil.

Temas: bolsonaro , coaf , queiroz

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