Publicado em 07/10/2016 às 17h20.

STF nega pedido da PGR para Moro tocar inquérito sobre Dilma

Apesar de a ex-presidente ter perdido o foro privilegiado, investigação sobre ela continua no STF, conforme decisão do ministro Teori Zavascki

Redação
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Foto: Nelson Jr./SCO/STF

 

Apesar de a ex-presidente Dilma Rousseff ter perdido o foro privilegiado após ser afastada, o Supremo Tribunal Federal (STF) não acatou pedido da Procuradoria Geral da República (PRG) para o envio do inquérito envolvendo a petista nos processos que investigam o esquema da Petrobras, conhecido como “petrolão”, fossem enviados para o juiz Sergio Moro. O pedido foi negado pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos. A investigação sobre Dilma continua no Supremo.

No pedido, o procurador-geral Rodrigo Junot assinala que “os fatos em destaque têm como premissa de capitulação o delito de embaraçamento à investigação de crime envolvendo organização criminosa que atuava diretamente no âmbito das diretorias da Petrobras”. Para ele, o caso de Dilma deveria ser submetido “ao conhecimento da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná por encontrarem-se [os fatos ] imbricados no complexo investigativo denominado Operação Lava Jato”, diz o documento. Após avaliar os argumentos de Janot, o ministro Teori Zavascki, num despacho de nove páginas, indeferiu o pedido.

De acordo com o entendimento do relator da Lava Jato no Supremo, o desmembramento da investigação envolvendo Dilma poderia “colidir com o objetivo da persecução penal”. “Não se vislumbra, no presente momento, a possibilidade de desmembramento da investigação, pois a análise dos fatos por meio de investigação segmentada, como pretende o órgão ministerial, dificultaria sobremaneira a colheita e análise de provas, bem como afastaria, por ora, a coesão necessária para corroborar a tese da acusação”, escreveu Zavascki.

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