Publicado em 20/04/2017 às 07h54.

Temer enquadra siglas aliadas para aprovar reformas

Os cargos e regalias oferecidos aos aliados estão em jogo; mudança de tom já rendeu a primeira conquista do governo após a rebelião

Redação
Temer em reunião com governadores. (Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)
Temer em reunião com governadores. (Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)

 

A cúpula do governo de Michel Temer (PMDB) resolveu endurecer e cobrar dos ministros governistas e da base aliada que enquadrem suas bancadas e contenham a rebelião contra as reformas que tramitam no Congresso. A moeda de troca nas negociações são os cargos.

Ao que parece, o jogo mais duro do Planalto já rendeu resultado, na noite desta quarta-feira (19). O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) colocou novamente em votação a urgência para apreciação do projeto da reforma trabalhista e, agora, o resultado obtido foi diferente. A base votou com o Planalto e conseguiu que o projeto vá direto para a votação em plenário.

As cartas estão postas: os parlamentares que desrespeitarem a ordem correm risco de punição. O PMDB é o primeiro a dar o exemplo. Alheio às críticas de atitude antidemocrática, o presidente da sigla no Senado disse ao jornal O Estado de São Paulo que “fechar questão é um instrumento legítimo para o partido marcar posição”.

Os conselheiros de Temer observam que, com a estratégia, os parlamentares poderão dizer aos eleitores que foram obrigados a seguir a diretriz do partido para aprovar as mudanças na aposentadoria. O desejo de aprovação das reformas é tamanho que, dos 28 ministros, os 12 que são deputados licenciados podem voltar ao posto para as votações.

Na lista dos “traidores contumazes” estão PSB, PRB e PPS, embora o próprio PMDB e o PSDB também tenham se mostrado infiéis. A pressão sobre eles será maior.

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