Publicado em 18/09/2017 às 09h20.

Vereadores de Salvador querem romper com Santander após exposição

Atualmente, os legisladores da Casa, servidores e comissionados recebem os seus salários pela instituição financeira

Alexandre Galvão
Foto: Divulgação
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A exposição Queermuseu ainda gera polêmica. Na última sessão da Câmara Municipal de Salvador, vereadores da bancada evangélica sugeriram ao presidente da Casa, Léo Prates (DEM), que rompa o contrato do Legislativo com o banco Santander.

Atualmente, os políticos da Casa, servidores e comissionados recebem os seus salários pela instituição financeira. “Nos associamos aos colegas vereadores que manifestaram repúdio com a exposição que o banco Santander apoiou na última semana, as imagens promoviam blasfêmia contra Deus, apologia a zoofilia e pedofilia e todos esses absurdos eram representados em quadros. Isso nunca será educação”, bradou Lorena Brandão (PSC).

Também do PSC, Ricardo Almeida explicou a queixa contra a exposição. “Temos posicionamento contrário à mostra que aconteceu no Rio Grande do Sul, promovida com dinheiro público, pelo Santander, pois ela causou indignação não por questão de gênero ou qualquer tipo de preconceito, mas por conta das agressões que foram feitas através desta mostra. Que expôs figuras religiosas, caracterizando-as de forma equivocada. Por exemplo, pegar a hóstia, que é da Igreja Católica, não é da minha fé, mas é símbolo de religião, e você denominar como órgão sexual. Você pegar uma imagem de Jesus Cristo e caracterizar como uma mulher, você pegar uma criança, desenhá-la e colocar como ‘criança viada'”, indicou ao bahia.ba.

O protesto, no entanto, deve servir como cortina de fumaça para outra questão. A direção da CMS anda às turras com o Santander, que não faz repasses à Casa como manda o convênio. Caso os atrasos se mantenham, a Câmara pretende alegar descumprimento do contrato e encerrar a parceria. Os valores pendentes serviriam para reformar o Centro Cultural, que fica ao lado da Prefeitura de Salvador.

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