Publicado em 21/11/2016 às 15h40.

Wagner avisa que vai trabalhar pela reeleição de Rui

Empossado no cargo de coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico, ex-governador não esconde que vai se empenhar para reeleger o sucessor

Rodrigo Aguiar
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Foto: Divulgação

 

Em meio a um clima de insatisfação de deputados da base com a relação ao Executivo e especulações de que o governador Rui Costa possa deixar o PT, o ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), foi empossado, na tarde desta segunda-feira (21), como coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes).

Em seu discurso, Wagner afirmou que vai trabalhar pela reeleição do sucessor e disse que seu papel não será fazer o papel “da secretaria A ou B”. A fala é uma referência a queixas de aliados sobre a atuação do secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes (PT), cuja permanência ou saída ainda não foi anunciada oficialmente por Rui.

“Criatura nomeia o criador” – Foi assim que o senador Otto Alencar (PSD) descreveu a posse de Wagner como coordenador do Codes. Em cerimônia na Governadoria, aliados afirmaram em seus discursos que Wagner e Rui formam quase que uma figura única. “Os dois representam uma figura só, politicamente”, disse Otto.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PSL), concordou: “são quase um só, não há disputa ou ciúme”. Em seu discurso, Wagner afirmou ser “um jogador de time”, protestou contra o impeachment de Dilma Rousseff (“uma violência contra a democracia”) e disse ser “cruel” comparar a sua gestão à de Rui.

“Eu governei com as vacas gordas do governo Lula e Dilma. E o ambiente político era muito diferente. Hoje existe uma criminalização da política. Espero que isso não aconteça, mas esse é o caminho construído em todo o mundo”, declarou Wagner. Em seguida, o ex-governador citou o ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, presente à cerimônia de forma discreta, nos fundos do salão.

De acordo com Wagner, o correligionário seria “vítima” de vazamentos seletivos e “nada foi comprovado” após investigações. Wagner ainda brincou que “não poderia ficar desempregado”, ao comentar o convite recebido para ser coordenador do Codes, órgão ligado ao gabinete do governador.

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