Publicado em 01/07/2019 às 10h26.

Após atos pró-Moro, CUT protesta contra a Previdência no desfile do Dois de Julho

Manifestantes sairão às 7h,do bairro da Lapinha, em Salvador

Milena Teixeira

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), sindicatos e movimentos de esquerda participam do desfile do Dois de Julho, na terça-feira (2). O evento, que comemora o aniversário de Independência do Estado da Bahia, saíra do bairro da Lapinha, em Salvador.

De acordo com o diretor de finanças da CUT, Alfredo Santos, os grupos protestam tradicionalmente no desfile. Este ano, uma das pautas da manifestação é a reforma da Previdência.

“O regime geral da previdência foi superavitário até 2015, não precisamos de reforma no regime geral. O que precisamos é de combate às distorções do regime próprio da previdência; do combate às sonegações e de uma reforma tributária que estabeleça uma tributação progressiva desonerando consumo e tributando patrimônio e renda”, afirma o representante da CUT.

Conforme Alfredo, os manifestantes sairão às 7h, da Lapinha.

Policiais baianos em Brasília

Policiais civis, agentes penitenciários, federais e rodoviários federais também vão realizar um protesto contra a reforma da Previdência, na terça-feira (2).

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes, a PEC 006/2019 da Reforma da Previdência penaliza os trabalhadores da Segurança Pública, principalmente, os policiais civis, agentes penitenciários, federais e rodoviários federais que serão prejudicados com a retirada da integralidade e da paridade e sofrerão com o aumento significativo dos anos de contribuição.

“Atualmente, as mulheres da Polícia Civil se aposentam com 25 anos de contribuição e os homens com 30 anos de contribuição. Só vamos alcançar a Aposentadoria equivalente a 100% do salário apenas quando completarmos 40 anos de contribuição. Com a aprovação da Reforma da Previdência, aos 30 anos de contribuição iremos receber o valor correspondente a 60% do salário”, diz o sindicalista.