Publicado em 28/11/2016 às 16h53.

Prefeitura encomenda estudo e tarifa de ônibus deve aumentar

Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador contratou consultoria para avaliar reajuste; se base de cálculo ficar só no IPCA, passagem será de R$ 3,50

Evilasio Junior
Foto: Bruno Concha / Agecom
Foto: Bruno Concha / Agecom

 

A tarifa de ônibus de Salvador deve ser aumentada a partir de janeiro, conforme a expectativa da Associação das Empresas de Transporte (Integra). Na avaliação das companhias, além da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avaliada em 7%, houve incremento em todos os insumos que impactam diretamente na realização do serviço, a exemplo dos custos com combustível e manutenção.

A prefeitura, por meio da Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos (Arsal), contratou uma consultoria para avaliar a possibilidade de elevação no preço da passagem, mas a expectativa, conforme o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Fábio Mota, é de que o estudo só fique pronto no fim do ano. “A questão do ônibus é contratual. A depender dos resultados da pesquisa, iremos saber se haverá necessidade de reajuste e de quanto será, se for o caso”, ponderou, em entrevista ao bahia.ba.
De acordo com a Integra, há a necessidade de o Município não só majorar o valor da tarifa, como também reconfigurar o sistema, como previsto no contrato de 25 anos com as concessionárias.

“Os ônibus de Salvador não têm subsídio e hoje o déficit é considerável. Com a chegada do metrô, é preciso que o serviço seja remodelado. Hoje o metrô transporta 1,150 milhão de passageiros por mês. Essas pessoas vieram de onde? Elas andavam de ônibus e hoje andam de metrô. Fora as manifestações, queima de veículos e outras situações que interferem na qualidade do serviço e no cumprimento de horários. O senso comum diz que todos os problemas no transporte público são das empresas, mas não é bem assim”, afirmou a diretora técnica da associação das empresas, Ângela Levita, sem especificar valores: “não temos ainda. É muito prematuro. Também estamos estudando cuidadosamente, mas é claro que a decisão final é do poder público”.

Caso apenas o IPCA seja usado como base, como ocorreu em 2015 (+10%), o bilhete passará dos atuais R$ 3,30 para R$ 3,53 – o que seria “arredondado” para R$ 3,50.

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