Publicado em 02/05/2019 às 10h39.

Tinoco volta a cobrar redução de ICMS para minimizar impacto por perda de voos

"Vamos ter mais de 1,5 milhão [de passageiros] que a gente vai perder no curto prazo, e isso é muito ruim", diz o secretário de Cultura e Turismo de Salvador

Alexandre Santos
Foto: Milena Teixeira/bahia.ba
Foto: Milena Teixeira/bahia.ba

 

O secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Claudio Tinoco, voltou a defender que o governo do Estado adote uma política tributária para reduzir a alíquota do ICMS sobre o querosene de aviação (QAV) —medida que, em sua avaliação, minimizaria a perda de voos decorrente da crise da Avianca.

“Reconhecemos que hoje a maior providência para recuperar isso é uma política tributária do governo do Estado da Bahia em relação ao ICMS sobre o querosene, que é o combustível da aviação. Se o governo não decidir rapidamente por uma política agressiva de incentivo, vamos perder o bonde da história, porque os outros estados do Brasil estão avançando, pois não tem aeronave nem companhia aérea pra todo mundo”, declarou ele ao bahia.ba na manhã desta quinta-feira (2), durante o lançamento do Plano de Ação Étnico-Afro, na Casa do Benin, no Pelourinho.

Questionado sobre o que a pasta tem feito para evitar o agravamento do cenário, Tinoco afirmou que, num primeiro momento, aguarda o resultado do leilão que definirá o destino da companhia aérea, atualmente em recuperação judicial. Ele diz que, definido esse processo, atuará para restabelecer parte dos voos perdidos.

“Imaginamos aí que, desses cerca de um pouco mais de 2 milhões de passageiros que a Avianca transportou em 2018, por exemplo, consigamos recuperar pelo menos 600 mil. Vamos ter mais de 1,5 milhão que a gente vai perder no curto prazo, e isso é muito ruim. É como se a gente desse um passo pra atrás de dez anos, a um cenário de 2009”, disse.

“A nossa prioridade nesse momento é fazer com que os impactos dos voos da Avianca sejam temporários, sejam no menor tempo possível. Então, a nossa expectativa é estar nesse momento, primeiro, sobre o resultado do leilão, se ocorrer no dia 7, na próxima terça-feira. Se esse processo tiver êxito e uma nova companhia aérea adquirir os ativos da Avianca, aí, sim, a gente passa a tratar com esse novo operador a possibilidade, primeiro, de restabelecer os voos. Porque, uma vez os voos restabelecidos, todas as atividades estarão garantidas. Acho que esse é o nosso foco. É claro que estamos muito preocupados. Não é uma solução fácil”, acrescentou o secretário.

 

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