Professores da rede municipal de Salvador decretam greve

Categoria exige o cumprimento da universalização da reserva de jornada, reajuste salarial e demais itens da pauta

Luís Filipe Veloso

Os professores da rede municipal de ensino de Salvador decretaram greve na tarde desta quarta-feira (2) em uma assembleia realizada no Estádio de Pituaçu.

Segundo a diretora da APLB Sindicato, Elza Melo, a categoria exige o cumprimento da lei de dezembro de 2014 que garante a universalização da reserva de jornada de trabalho, que consiste “no direito do educador a utilizar um terço da carga horária de serviço para planejar atividades e corrigir avaliações”.

Ainda de acordo com a representante dos professores, a medida obriga o município a convocar novos profissionais para exercerem a função de “regente 2” quando o “regente 1” necessitar se ausentar para realizar outras atividades da rotina pedagógica.

A educadora informou ao bahia.ba que o prazo de 72h para a decretação do movimento paredista expirou nesta terça (1º) quando a prefeitura não teria cumprido o combinado na reunião anterior. A Secretaria Municipal de Educação (SMED) pediu à entidade de classe ampliação do prazo para o dia 10 de março, mas os docentes decidiram não aguardar a possibilidade de um novo adiamento.

Também fazem parte da pauta de negociações o reajuste salarial de 11,36%, o aumento do valor do auxílio-alimentação para R$ 25, o incremento de 22% sobre a gratificação e incentivo à qualidade de gestão escolar, além da liberação das licenças-prêmio.

Nesta quinta-feira (3), às 14h, uma audiência será realizada na sede do Ministério Público Estadual (MP-BA) com a presença de representantes do setor, da gestão municipal e integrantes da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores para discutir o tema.