Publicado em 11/06/2016 às 17h20.

Ilhéus: homens são resgatados de trabalho escravo em obra pública

Todos atuavam na construção do Centro de Arte e Esporte Unificado (CEO) do município de Ilhéus

Redação
Trabalhadores eram mantidos em local insalubre (Foto: Divulgação / Setre)
Trabalhadores eram mantidos em local insalubre (Foto: Divulgação / Setre)

 

Auditores fiscais do trabalho resgataram oito trabalhadores de uma obra pública no município de Ilhéus, no sul da Bahia, que atuavam em regime análogo ao trabalho escravo.

Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (Setre), eles estavam há dois meses sem receber salários, não tinham as carteiras de trabalho assinadas e dormiam em locais insalubres. Todos atuavam na construção do Centro de Arte e Esporte Unificado (CEO), que é financiada pelo governo federal e prefeitura. O resgate foi realizado na quinta-feira (9).

À polícia, os trabalhadores informaram que saíram do município de Serrinha, localizado na região nordeste da Bahia, com a promessa de emprego. Há dois meses, entretanto, não receberam os vencimentos. “E nossa família lá fora fica como?”, questiona Fernando dos Santos, um dos profissionais.

Além do não pagamento, o auditor fiscal do Ministério Trabalho, Daniel Fiúza, afirma que os trabalhadores eram submetidos a condições degradantes e dormiam em mesas, camas improvisadas, sem colchões e travesseiros.

A empresa responsável pela obra é a São Miguel Construtora Ltda. Um dos sócios da companhia, Luís Reis, disse que os trabalhadores foram contratados por um empreiteiro terceirizado. Os responsáveis pela empresa podem pegar de quatro a oito anos de prisão.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.