Publicado em 16/05/2019 às 15h56.

Metrô Salvador-Lauro de Freitas: o sistema que modernizou o transporte da RMS

Implantado em etapas, o sistema metroviário possui atualmente 33 km de extensão e 20 estações; saiba o que foi construído no Tramo 1, a primeira fase do metrô

Redação
Foto: Elói Corrêa/ GOVBA
Foto: Elói Corrêa/ GOVBA

 

Composto por duas linhas, com 33 km já em operação, o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas transporta diariamente 370 mil passageiros ao longo das 20 estações. Com as ampliações previstas para as linhas 1 e 2 , o sistema chegará a 42 km. Hoje, graças ao metrô, é possível ir do aeroporto ao centro da cidade em aproximadamente 40 minutos.

Viabilizado pelo Governo do Estado e administrado pela concessionária CCR Metrô Bahia, o sistema metroviário oferece mais conforto, segurança e menos tempo de deslocamento para soteropolitanos e turistas. A estrutura, com mais de R$ 5,8 bilhões em investimentos, impacta o jeito do cidadão se transportar e a infraestrutura urbana da cidade.

Para o secretário de Desenvolvimento Urbano, Sérgio Brito, a operação do metrô configura uma grande mudança na rotina dos moradores. “O Governo do Estado trabalha com o entendimento de que a mobilidade urbana deve funcionar em um sistema de rede, através de serviços complementares e integrados. A chegada do metrô introduziu uma nova cultura do transporte na capital. É uma mudança na vida das pessoas”, destacou.

Além dos trens, o sistema metroviário possui também passarelas, que ligam as estações aos terminais de ônibus e avenidas mais próximas, e bicicletários para os clientes. O sistema favorece a integração entre diversos meios de transporte e consegue descomplicar o trânsito nas principais rodovias da capital.

É o que enfatiza o gestor de Atendimento e Operação da CCR Metrô Bahia, Hamilton Trindade: “A chegada do metrô propiciou a redução dos congestionamentos nas avenidas por onde passa e, consequentemente, do número de acidentes de trânsito na cidade”. Trindade aponta ainda a diminuição da poluição como outro benefício. De acordo com o gestor, é “uma junção de menos tempo de deslocamento, menos consumo de combustíveis e menos emissão de gases poluentes”.

Além de reduzir a duração das viagens diárias, o sistema metroviário da capital também favorece a curtição. O metrô possui esquemas de funcionamento especial para os dias de festas – inclusive o Carnaval -, shows e jogos. De quebra, no dia a dia ou na folia, o soteropolitano tem à disposição o cartão de integração. O bilhete unifica viagens entre metrô e ônibus municipais e metropolitanos e ajuda na economia do cidadão.

Foto: Carla Ornelas/Gov-BA
Foto: Carla Ornelas/Gov-BA

 

Tramo 1

Para alcançar esse patamar, tudo começou com o Tramo 1 do sistema: na Linha 1, da Lapa ao Acesso Norte (6,6 km), e na linha 2, do Acesso Norte ao Aeroporto (21,2 km).

Em 2013, após extenso momento de obras não finalizadas, o sistema inteiro foi passado do Município de Salvador ao Estado da Bahia e uma nova licitação foi aberta. Em junho de 2014, a linha 1 entrou em funcionamento com a inauguração das primeiras estações do sistema: Lapa, Campo da Pólvora, Brotas e Acesso Norte, compondo o Tramo 1.

Na Linha 2, construída em sua maior parte no canteiro central da Avenida Luís Viana Filho, a Paralela, o Tramo 1 abrangeu a Estação Acesso Norte até a Estação Aeroporto. Em fevereiro de 2015, as obras foram iniciadas e, já em dezembro de 2016, a linha entrou em operação. Até novembro do ano passado, haviam sido construídas doze estações, levando os cidadãos ao Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães. O sistema oferece o Shuttle Aeroporto – ônibus que conecta a estação ao terminal.

Até o momento, outro trecho da Linha 1 já foi construído: Acesso Norte a Pirajá (5,6 km), referente ao Tramo 2. O terceiro tramo, que já está sendo implantado, tem cerca de 5 km e prevê a construção de duas estações: a Estação Campinas, localizada nas imediações de Campinas de Pirajá e da Brasilgás, e a Estação Águas Claras/Cajazeiras.

Ao falar sobre a Linha 1 do sistema, o secretário da Sedur enfatizou a diminuição do tempo em relação à viagem de ônibus. “O trabalhador, que no passado fazia obrigatoriamente esse trajeto entre Lapa e Pirajá somente de ônibus, hoje faz esse mesmo percurso de metrô em apenas 18 minutos, com ar condicionado, pontualidade e segurança. É um ganho de vida, em tempo e em qualidade de serviço”, celebra.

Na Linha 2, o trecho referente ao Tramo 2 também já está sendo construído. O percurso levará os passageiros até Lauro de Freitas.

Foto: Secom/Gov-BA
Foto: Secom/Gov-BA

 

Estatísticas e destaque internacional

O Balanço do Setor Metroferroviário de 2018/2019, divulgado pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) esta semana, revela que o metrô de Salvador foi responsável por 4,2% do desenvolvimento total de trilhos no país, e 8% na Bahia, no ano passado. O sistema contribuiu para o incremento de 42 km de malha ferroviária com a Estação Aeroporto e a conclusão do sistema em Salvador.

Tendo em vista o desenvolvimento econômico e os benefícios que trouxe à capital baiana, o sistema ficou reconhecido internacionalmente.

Na 16ª Assembleia UITP América Latina, evento que tem a missão de debater políticas de mobilidade urbana, avanços e desafios para o futuro, o metrô foi o grande destaque, sendo apresentado já na primeira palestra do encontro pelo presidente da Companhia de Transporte da Bahia, Eduardo Copello. O evento foi realizado em novembro do ano passado em Salvador.

Vale lembrar também da recomendação feita pelo The New York Times. A capital baiana foi a única cidade brasileira indicada pelo jornal para os turistas em 2019. O metrô, que “liga convenientemente o centro da cidade ao aeroporto internacional”, é apontado como um dos pontos positivos da capital.

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