Publicado em 03/05/2016 às 20h40.

Morte de Beatriz pode ter motivação religiosa, diz promotor

Carlan Carlo da Silva se baseia no fato de o crime apontar para sinais de execução cometida por alguma seita religiosa

Redação
Foto: Reprodução/Disque Denúncia
Foto: Reprodução/Disque Denúncia

 

A morte da garota Beatriz, sete anos, em uma escola de Petrolina, em Pernambuco, no dia 10 de dezembro de 2015, pode ter sido motivada por questões religiosas, conforme o promotor do caso, Carlan Carlo da Silva.

Ele se baseia no fato do crime apontar para sinais de execução cometida por alguma seita religiosa.   “O fato do crime ter sido durante uma festa que havia a participação de 2 a 3 mil pessoas, numa festa gigantesca, dentro de uma instituição escolar com fundo mais religioso, aponta para essa possibilidade, de um crime que vem atingir uma instituição religiosa. Não significa que vai ser confirmado. Só podemos ter a confirmação chegando na autoria e ai poderíamos chegar numa motivação efetiva”, disse o promotor em entrevista ao Portal G1 de Pernambuco.

Segundo ele, as lesões encontradas na criança – 42 facadas – têm elementos de seita e por isso a investigação pode apontar que foi algo para atingir a religião dos presentes na aula da saudade das turmas do terceiro ano do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.

“É uma crença pessoal minha, que esse crime foi planejado e isso dificulta realmente a investigação. Fora as falhas que podem ter havido, ainda teve esse planejamento bastante prévio e frio do ou dos criminosos. Eu acho que hoje é um dos casos de maior repercussão, o crime foi de uma ousadia muito grande”, acrescentou o promotor ao Portal.

Apesar da possibilidade do crime ter motivação religiosa, o promotor acredita que a garota foi vítima “de um momento” . “Eu acho que não foi direcionado a uma pessoa especificamente. Mas a uma criança naquela mesma idade, que estivesse presente ali, fácil de ser atingida”.

Investigação – De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, o crime pode ter sido cometido por pelo menos cinco pessoas, funcionários da escola.  Até o momento ninguém foi preso. Dez dias antes do crime três chaves do colégio sumiram e podem ter ajudado no acesso dos suspeitos.

Caso – Beatriz Agélica Mota estava com a mãe na aula da saudade, à noite, quando saiu de perto dela para beber água. O corpo foi encontrado minutos depois, em uma sala de material esportivo que estava desativada.

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