Publicado em 26/06/2019 às 16h41.

São João: índice de ocorrências por queimaduras com fogos de artifícios cai 21,3%

Segundo dados divulgados pela Sesab, este ano foram feitos 59 atendimentos relacionados ao período junino; em 2018, 75 pessoas ficaram feridas

Rayllanna Lima
Foto: Reprodução/TV São Francisco
Foto: Reprodução/TV São Francisco

 

A tradicional queima de fogos de artifício durante o São João fez menos vítimas na Bahia este ano. De acordo com boletim divulgado na terça-feira (25) pela Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), entre os dias 20 e 25 de junho foram registrados 59 atendimentos relacionados ao período junino.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve redução de 21,3%, quando a secretaria registrou 75 pessoas feridas.

Conforme informou a secretaria, os atendimentos no estado foram feitos nas duas unidades estaduais de referência no tratamento de vítimas de queimaduras por fogos e explosões de bombas: Hospital Geral do Estado (HGE) e Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus (HRSAJ).

O HGE teve o maior número de pessoas queimadas durante os festejos juninos, com um total de 47 atendimentos, sendo 20 vítimas de queimaduras por fogos e 27 por explosão de bomba.

Já no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, também referência no atendimento a queimados, deram entrada 12 pessoas vítimas de queimaduras e fogos de artifício.

Guerra de espadas – Nem mesmo a proibição na Justiça impediu a famosa guerra de espadas em municípios baianos, principalmente na cidade de Senhor do Bonfim, para a qual o Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu liminar determinando a suspensão da prática, destacando risco de morte dos chamados espadeiros.

A prefeitura da cidade chegou a pedir a suspensão da liminar, justificando que o evento movimenta a economia na cidade, mas não houve êxito no pedido. Por lá, a guerra de espada é proibida desde 2017, quando a Justiça baiana chegou a declarar inconstitucional a Lei Municipal nº 1.400/2017, que declarava a guerra de espadas como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade.

Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), fabricar, possuir e soltar esse tipo de artefato resulta em crime cujas penalidades envolve multa de até R$ 10 mil e prisão que pode chegar a seis anos.

Ocorrências – A guerra de espadas é uma manifestação cultural centenária que envolve a disputa entre grupos que vão às ruas com os artefatos, um canudo de papelão recheado de pólvora, que, ao ser aceso, é lançado desgovernadamente deixando um rastro luminoso por onde passa.

No último domingo (23), a polícia e espadeiros chegaram a entrar em confronto devido a prática irregular em Senhor do Bonfim. Ao identificar os espadeiros, policiais militares entraram em confronto com o grupo e dispararam balas de borrachas.

Segundo informações do portal G1, quatro pessoas deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Duas delas, um homem e uma mulher, foram por ferimentos devido aos com balas de borracha. Outra foi levada à UPA por queimadura com os fogos, além de uma vítima que passou mal após inalar fumaça.

Em Santo Antônio de Jesus, entre quinta (20) e domingo (23), segundo dados preliminares, o hospital regional do município recebeu quatro pessoas por conta de acidentes com fogos. No mesmo período, em 2018, foram 14 ocorrências.

O levantamento preliminar para a cidade de Cruz das Almas também foi considerado pequeno. Em 2018, somente no domingo (23) haviam sido registradas 23 ocorrências de pessoas feridas por fogos sendo atendidas no hospital. Já este ano o número caiu para três, referente a somente o dia 23 de junho.

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