Publicado em 19/03/2018 às 16h57.

SRT divulga relatório sobre naufrágio da Cavalo Marinho I

O documento será encaminhado aos órgãos competentes, como a Agerba, Capitania dos Portos e Ministério Público da Bahia (MP-BA)

Redação
Foto: Divulgação/SSP
Foto: Divulgação/SSP

 

O naufrágio da Lancha Cavalo Marinho I, que deixou 19 mortos, em agosto do ano passado, foi causado por diversos fatores, conforme resultado de investigação divulgado nesta segunda-feira (19) pela Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRT/BA).

O órgão destacou dois “fatores externos”: o transporte de passageiros no convés inferior da lancha com apenas uma via de escape – contrário à Norma da Autoridade Marítima para Embarcações Empregadas na Navegação Interior 2 (Normam 2) – e a não realização do serviço de dragagem e desobstrução do canal marítimo de acesso ao atracadouro para permitir a utilização de embarcações mais modernas e seguras, tipo catamarã, como estabelecia edital da Agerba, agência responsável pela fiscalização do serviço.

Ainda de acordo com a SRT, a navegabilidade da Cavalo Marinho I ficou prejudicada com a instalação do lastro de pedra na lancha, o que contribuiu para o naufrágio.

A alteração do lastro ocorreu logo após uma vistoria intermediária realizada em abril do ano passado e a concessionária não solicitou a Licença de Alteração ao órgão competente.

Também ficou demonstrado durante a investigação que as empresas concessionárias não ofereciam informações sobre as condições meteorológicas para os comandantes.

Foram citados ainda fatores que não causaram o naufrágio, mas contribuíram para o agravamento da situação, como falta de treinamento dos tripulantes, não divulgação de instrução de segurança para passageiros e o tempo de chegada do resgate.

O documento será encaminhado aos órgãos competentes, como a Agerba, Capitania dos Portos e Ministério Público da Bahia (MP-BA).

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