Publicado em 02/11/2018 às 09h00.

Chefe da Polícia Civil rebate acusação de que protege assassinos de Marielle

Delegado ainda garantiu que o caso está "muito próximo" da elucidação

Agência Brasil
Foto: Arquivo/ Guilherme Cunha/ Alerj
Foto: Arquivo/ Guilherme Cunha/ Alerj

 

O chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Rivaldo Barbosa, rebateu as acusações feitas pelo miliciano Orlando de Oliveira Araújo, o Orlando Curicica, que está preso na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), em entrevista ao jornal O Globo, em que acusa a Polícia Civil do Rio de não ter interesse em elucidar o caso Marielle.

Além de rebater as acusações do miliciano, o delegado-chefe também prometeu resolver o duplo homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes em pouco tempo: “Dentro desse propósito, o chefe de Polícia Civil garante: o caso Marielle e Anderson está muito próximo de sua elucidação”.

Integrantes da corporação, incluindo até o chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, teriam montado, segundo ele, uma “rede de proteção” aos “capos” da contravenção envolvidos em assassinatos.

A mesma denúncia constaria de depoimento de Curicica à Procuradoria-Geral da República (PGR), que já avaliava a possibilidade de federalizar a investigação há cerca de um mês.

Barbosa repudiou, em nota, “a tentativa de um miliciano altamente perigoso, que responde a 12 homicídios, de colocar em risco uma investigação que está sendo conduzida com dedicação e seriedade”.

O chefe de Polícia Civil diz ainda no texto que “ao acusado foram dadas amplas oportunidades pela Polícia Civil para que pudesse colaborar com as investigações do duplo homicídio dentro do estrito cumprimento da lei”.

Além de investigado no caso Marielle e Anderson, o miliciano foi indiciado pela Delegacia de Homicídios da Capital por 10 assassinatos e é também acusado de outras duas mortes e ocultação de cadáver, crimes apurados pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros.

Rivaldo Barbosa disse que a transferência do preso para uma unidade federal foi determinada pelo Poder Judiciário por conta de outro processo, anterior ao de Marielle e Anderson, devido à sua alta periculosidade.

O delegado explicou na nota, “que não causam surpresa as ilações feitas pelo preso, tendo em vista que, historicamente, chefes de organização criminosa, notadamente milícias, utilizam-se desse artifício para desmoralizar e desacreditar instituições idôneas e seus membros”.

Rivaldo Barbosa falou também da seriedade em que o caso vem sendo apurado e que “nenhum esforço está sendo poupado para a elucidação do caso Marielle e Anderson, cabendo ressaltar que todas as técnicas e recursos disponíveis têm sido empregados no trabalho de investigação”.

 

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