Estados perdem competitividade por causa de violência, aponta pesquisa
No ranking geral, a Bahia é o 22º, a frente de Pará, Amapá, Sergipe, Maranhão e Acre
Marli Moreira
Pesquisa da organização não governamental (ONG) Centro de Liderança Pública (CLP), divulgada nesta sexta-feira (14), aponta que estados brasileiros estão perdendo competividade por causa da violência.
É o caso, por exemplo, do Acre, que perdeu oito posições no ranking nacional em decorrência da violência, e agora está na última colocação. Na área de segurança pública, passou de 5º colocado (em 2015) para 20º (em 2018).
De acordo com a pesquisa, desde 2016, “a disputa pelo controle de fronteiras do tráfico de drogas na região, levou a um enorme aumento da violência, de 2015 para 2016, o número de homicídios subiu 86%. Só no Acre, são 1,4 mil quilômetros de fronteiras com a Bolívia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo”.
Outro estado com queda no quesito segurança foi Roraima, que caiu da 4ª posição (2015) para 26ª (2018), ficando a frente apenas de Pernambuco (27ª).
As cinco unidades da Federação melhor avaliadas no combate à criminalidade são: São Paulo, Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Em sua sétima edição, o ranking de competitividade, elaborado pela organização em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada e Economist Intelligence, avalia dez quesitos de gestão pública: sustentabilidade ambiental, capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, solidez fiscal, segurança pública e sustentabilidade social.
Para a diretora executiva da CLP, Luana Tavares, o trabalho conclui a necessidade de uma atuação mais ostensiva dos gestores na área de segurança pública. Ela propõe a “otimização dos serviços e maior investigação dos crimes em um trabalho conjunto das polícias civil e militar”. Também afirmou que a maioria dos estados não tem priorizado ações para o cumprimento da meta das Nações Unidas de diminuir em 50% as mortes no trânsito até 2020.
Rio de Janeiro perde posições com crise financeira – Enfrentando uma grave crise financeira, o estado do Rio de Janeiro vem perdendo posições no ranking geral. Em 2015, estava no oitavo lugar, em 2018, passou para o 13º.
No quesito eficiência da máquina pública, caiu do 10º para o 15º lugar. Em solidez fiscal, está na última posição. Um dos motivos para ficar em último, conforme a pesquisa, é que o Rio de Janeiro acumula uma dívida superior a R$ 90 bilhões, consequência da política de desonerações tributárias e do “excessivo gasto com a máquina pública”, que teriam levado à redução da arrecadação no estado.
Na avaliação de Luana Tavares, a “situação de calamidade financeira” tem impedido uma reversão do quadro no Rio de Janeiro.
Alagoas sobe de posição – Já Alagoas teve o maior avanço na classificação nacional, subindo oito pontos e garantindo a 16ª posição.
A pesquisa indica que o estado reestruturou a dívida com a União, “reduzindo o pagamento de juros e, por consequência, a quantidade de recursos destinados a este fim”.
Dos dez pontos analisados, Alagoas registrou alta em oito e teve o melhor resultado em solidez fiscal. Na área de segurança pública, subiu sete posições.
Ranking geral – No ranking geral, São Paulo lidera, mantendo a posição desde 2017, seguido por Santa Catarina (2º), Distrito Federal (3º) e Paraná (4º).
Os demais estados estão nas seguintes posições: Rio Grande do Sul (5º), Minas Gerais (6º), Mato Grosso do Sul (7º), Espírito Santo (8º), Paraíba (9º), Goiás (10º), Mato Grosso (11º), Ceará (12º), Rio de Janeiro (13º), Rondônia (14º), Tocantins (15º), Alagoas (16º) Amazonas (17º), Roraima (18º), Rio Grande do Norte (19º), Pernambuco (20º), Piauí (21º), Bahia (22º), Pará (23º), Amapá (24º), Sergipe (25º), Maranhão (26º) e Acre (27º).
Mais notícias
-
Brasil
20h40 de 25 de abril de 2024
Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira (26)
Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br
-
Brasil
17h44 de 25 de abril de 2024
Transferir a estados legislação sobre armas pode favorecer criminosos
Projeto fragiliza controle de armas no Brasil, dizem especialistas
-
Brasil
16h31 de 25 de abril de 2024
Reforma prevê imposto reduzido em 30% para 18 profissões liberais
A lista inclui atividades como personal trainer, relações públicas e economistas domésticos
-
Brasil
16h10 de 25 de abril de 2024
Após ‘calotes e despejos em série’ mãe e filha moram no McDonald’s
As duas foram condenadas por não pagarem aluguel em diferentes moradias
-
Brasil
14h43 de 25 de abril de 2024
Justiça solicita pela terceira vez prisão de condutor do Porsche
Laudo produzido pelo Instituto de Criminalística indica que o empresário trafegava na via a 156 km/h quando bateu contra o Sandero
-
Brasil
13h50 de 25 de abril de 2024
Polícia Federal retoma sistema de agendamento de emissão de passaporte
Emissão de passaporte está suspensa desde do dia 17 de abril
-
Brasil
12h51 de 25 de abril de 2024
IBGE: Uma em cada 10 famílias enfrenta ‘insegurança alimentar’ moderada ou grave
'Mais de 7 milhões de lares que convivem com redução na quantidade de alimentos consumidos ou com ruptura em seus padrões de alimentação abrigam 20,6 milhões de pessoas'
-
Brasil
11h21 de 25 de abril de 2024
Sobrinho de Marcola é preso por tráfico de drogas, corrupção e jogo do bicho
Prisão de Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho ocorre em meio à Operação Primma Migratio que visa o desmantelo do núcleo gerencial e logístico de uma organização criminosa
-
Brasil
10h19 de 25 de abril de 2024
Polícia Civil indicia envolvidos na morte de advogado no centro do Rio
Três indiciados já estão presos temporarimente
-
Brasil
08h49 de 25 de abril de 2024
Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 6 milhões
O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5