Praticamente seis em cada dez apps possuem menos de mil downloads

Atualmente, dá para avaliar o sucesso a partir da popularidade de um aplicativo para dispositivos móveis. Entretanto, desenvolver uma solução inovadora que impacta milhões de usuários não é uma tarefa simples: praticamente seis em cada dez apps disponíveis possuem menos de mil downloads no Brasil.

O levantamento é do BigWeb, plataforma exclusiva da BigData Corp. A plataforma realiza uma varredura completa e contínua da Internet, pesquisando e correlacionando dados de mais de 90 milhões de sites e 320 bilhões de páginas HTML. Neste caso, listou os downloads realizados nas lojas de aplicativos Google Play e App Store.

Ao todo, 59% dos apps têm menos de mil downloads, o maior percentual da pesquisa. Além disso, 16,55% possuem até cinco mil downloads e 10,36% têm entre 10 mil e 50 mil. Apenas 1,12% do total conseguiu passar da marca de um milhão.

Os usuários claramente preferem aplicativos gratuitos: 86,84% do total de apps baixados não cobraram taxas. Este é um dos pontos que explica a popularidade, pois nenhum aplicativo com mais de dez milhões de downloads é pago e apps gratuitos geram mais engajamento, sendo responsáveis por 98,9% dos reviews (avaliações).

“Games” lidera preferência – A categoria “games” é, de longe, a mais acessada pelos usuários, com 18% de todos os downloads. Na sequência aparecem os grupos “Educação” (9%), “Estilo de Vida” (7,03%), “Ferramentas de Produtividade” (6,99%) e “Entretenimento” (6,99%). Os jogos também ocupam a liderança entre os aplicativos mais populares (com mais de dez milhões de downloads) com a marca de 40,84% do total.

Aplicativos são esquecidos ou “abandonados”- O levantamento mostra uma tendência dos desenvolvedores em “abandonar” os apps, ou seja, deixá-los sem atualização por mais de um ano. No total, 36,1% das aplicações estão nesta categoria e outros 20,18% são atualizados uma vez entre seis e doze meses após o lançamento. O índice vai de encontro com a média de uma atualização a cada dois meses.

“O estudo mostra que os smartphones ampliaram o uso e o poder dos aplicativos, mas é preciso muito mais do que uma boa ideia para transformar uma aplicação em um negócio rentável e eficiente”, conclui Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp.