Publicado em 25/09/2017 às 09h40.

Seis bilionários concentram renda de 100 milhões de brasileiros

Estudo da Oxfam revela números alarmantes da desigualdade social no país. Negros e mulheres ainda vão demorar muito para equiparar salários

Redação

As seis pessoas mais ricas do Brasil concentram, juntas, uma renda equivalente aos ganhos de 100 milhões das pessoas mais pobres do país. Isso é o que aponta um estudo sobre desigualdade da Oxfam, em reportagem publicada no jornal El País.

Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim), são os bilionários, que, se gastassem R$ 1 milhão de reais por dia, demorariam 36 anos para acabar com o patrimônio.

O levantamento mostrou que 5% dos brasileiros mais ricos detêm a mesma renda que 95% da população. A disparidade, segundo Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam e coordenadora da pesquisa, chegou a diminuir no últimos anos com políticas públicas como o Bolsa Família, mas o país ainda está muito distante de tratar a questão como prioridade.

A desigualdade de salários de gênero e raça também é alarmante: se mantida a tendência recente, as mulheres só ganharão o mesmo que homens em 2047, e os negros conseguirão equiparar a renda com brancos apenas em 2089.

Hoje, o Brasil figura entre os 10 países mais desiguais do mundo, conforme o ranking da ONU. Na América Latina, só fica atrás da Colômbia e de Honduras. Para exemplificar o atraso, o país precisaria de 31 anos para alcançar o patamar da vizinha Argentina.

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