Publicado em 05/12/2017 às 14h40.

Todos os políticos não devem ser tidos como corruptos, defende Gilmar

Em evento sobre eleições no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do STF disse ainda que o Brasil precisa de profissionais da política e não de funcionários públicos

Redação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes declarou, nesta terça-feira (5), que o Brasil precisa de profissionais da política e não de “funcionários públicos, ainda que graduados, como juízes ou promotores”.

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o magistrado defendeu a importância da classe política durante evento sobre eleições na Corte.

“Precisamos, inclusive, dos profissionais da política, dessas pessoas que se dedicam integralmente à atividade política e que têm todo um aprendizado especial. Não podemos pensar em substituir os políticos por funcionários públicos, ainda que graduados como juízes ou promotores”, afirmou.

Mendes aconselhou aos cidadãos que não considerem todos os políticos corruptos e, com isso, venham a desacreditar no sistema.

“Temos que ter a política limpa, ativa, mas não podemos fazer isso de lenda política ou tentar fazer com que todos os políticos sejam considerados elementos negativos da sociedade ou corruptos”, completou.

O ministro disse ainda que o TSE se preocupa com o financiamento das campanhas eleitorais em 2018. “Tenho falado da possível presença do crime organizado nas eleições. Já tivemos esse sinal em 2016”, declarou.

Mendes acrescentou que os recursos do fundo partidário podem amenizar o problema da falta de verba para as campanhas, mas que isso talvez não seja o suficiente para evitar o aporte clandestino.

Em 2015, o Supremo concluiu que é inconstitucional o subsídio de empresas para campanhas eleitorais e partidos. A decisão tem potencial impacto nas disputas eleitorais, uma vez que as companhias são as maiores doadoras de políticos e siglas.

De acordo com o ministro, foi um “grave erro” do STF discutir o financiamento de campanha de maneira “descolada da realidade eleitoral”.

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