Publicado em 16/02/2019 às 18h00.

USP cancela matrícula de colégios militares, e Exército reage

Universidade entendeu que, por cobrarem taxa, colégios não se enquadram na regra de cotas

Redação
Foto: Cecília Bastos/Jornal da USP/USP Imagens/Divulgação
Foto: Cecília Bastos/Jornal da USP/USP Imagens/Divulgação

 

A Universidade de São Paulo (USP) decidiu cancelar a matrícula de pelo menos dez alunos de colégios militares aprovados no vestibular da instituição por meio do sistema de cotas.

A decisão, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, mobilizou o comando do Exército, que tenta revertê-la. Na sexta-feira (16), segundo a Folha, militares foram ao campus da Cidade Universitária para falar sobre o caso com os responsáveis. A universidade afirma que a situação ainda está sob análise.

As matrículas dos alunos, inclusive a de um que passou em medicina, foram canceladas sob o argumento de que colégios militares não podem ser equiparados a escolas públicas, uma vez que cobram “contribuições” e “quotas mensais escolares” dos alunos.

Dessa forma, argumentou a Pró-Reitoria de Graduação, os estudantes não poderiam entrar nas vagas reservadas a egressos do ensino público.

De acordo com O Estado de S. Paulo, o governador João Doria foi contatado pelo Exército para ajudar no caso, uma vez que a USP é estadual –a universidade, no entanto, tem autonomia.

Com a adoção do sistema de cotas, a USP reservou neste ano 40% das vagas do vestibular a alunos de escola pública e, dentro desse grupo, 37,5% a candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas.

Temas: militares , cotas , usp

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