Publicado em 04/12/2015 às 15h00.

Vereador propõe distribuição gratuita de repelente para grávidas

Com a medida, presidente da Câmara Municipal de Valparaíso-GO acredita reduzir casos de microcefalia em bebês, anomalia associada ao zika vírus

Agência Estado
Para Santos, a distribuição de repelentes vai reduzir a infestação do mosquito causado da doença/Divulgação
Santos: ‘Proteção às futuras mães e seus bebês, através da distribuição gratuita de repelentes’/Foto: Divulgação

Preocupado com o crescente aumento no número de casos de Zika pelo Brasil e com a chegada da doença ao Distrito Federal e Goiás, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás, Elvis Santos, protocolou na manhã desta sexta-feira (4), requerimento para que seja solicitada, em caráter de urgência, junto à Secretaria Municipal de Saúde, à Secretaria da Saúde do Estado de Goiás e ao Ministério da Saúde, a distribuição gratuita de repelentes para mulheres grávidas e a inclusão de sua utilização nas orientações de pré-natal

Foi solicitada também a intensificação das ações de combate ao Aedes aegypti bem como fique explícita a relação do Zika vírus aos casos de microcefalia e Síndrome de Guillain-Barré.

“Não podemos permitir que as crianças da próxima geração sejam condenadas pela omissão, nem do Estado nem de cidadãos e cidadãs que deixam de cumprir seu papel em relação ao combate ao Aedes aegypti. Faz-se necessário intensificar ações para evitar a proliferação do mosquito sem esquecer, em caráter de urgência, de garantir proteção às futuras mães e seus bebês e isso deve ser feito, também, através da distribuição gratuita de repelentes. Esperamos que os municípios, os estados e o país de uma forma geral priorizem a prevenção.”, disse o vereador.

Para Elvis Santos, os órgãos de saúde do país deverão definir qual a quantidade de repelente a ser usada diariamente pelas gestantes, as formas e tempo de uso e deverão se empenhar, mais ainda, para que sua distribuição seja iniciada o quanto antes.

Zika vírus – O Zika vírus foi isolado pela primeira vez em 1947 a partir de amostra em macacos Rhesus na floresta Zika, em Uganda. Endêmico no leste e oeste africanos e, no continente americano, foi identificado na Ilha de Páscoa, território chileno, no início de 2014.

A transmissão se dá, oficialmente, por meio da picada do inseto Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue da febre chikungunya, porém, segundo pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, “a forma de contágio do vírus não se daria somente pelo mosquito, podendo ser transmitido por meio de relação sexual, transfusão de sangue e transplante de órgãos”. Trata-se de uma infecção causada pelo vírus ZIKV.

A incubação do Zika é de cerca de quatro dias. Apenas 18% das pessoas com Zika vírus apresentam manifestações da doença, um dos motivos que a faz muito perigosa.

 

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