Neto retoma ‘métodos de perseguição’ de ACM, avalia Lídice
Senadora comenta ainda o cenário governista para 2018, a ação do STF contra Aécio Neves e sua relação com Jusmari Oliveira (PSD) e com o deputado federal Bebeto Galvão
Senadora pela Bahia e presidente estadual do PSB, Lídice da Mata disse que uma possível ascensão do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), ao governo do Estado traria de volta o modelo supostamente autoritário do carlismo praticado por seu avô, o ex-governador Antônio Carlos Magalhães.
“Agora mesmo quando informam que a bancada de oposição na Bahia vai ao presidente para exigir que não liberem R$ 600 milhões de um empréstimo aprovado pelo Banco do Brasil e que, se isso sair, não mais votarão com o presidente, eu vejo nisso o método anterior, da perseguição, de que dizia que amava a Bahia, mas impôs a Salvador a perseguição para fazer valer a sua vontade e a vitória dos seus. Esse método que a gente achava que estava aposentado volta com outra roupagem. É um carlismo moderado por não ter poder para exercer”, apontou, em entrevista ao bahia.ba, ao falar dos seus anos como prefeita da capital, entre 1993 e 1996.
A parlamentar, no entanto, acredita que o governador Rui Costa dificilmente será batido em 2018. Na sua conta eleitoral, a socialista pede que as forças que apoiam o governo petista na Bahia “pouco” sejam mexidas na chapa que disputará a reeleição. Para ela, basta trocar Walter Pinheiro, que deixou o PT, se licenciou do Senado e hoje atual como secretário estadual de Educação, por Jaques Wagner. A intenção é se viabilizar para mais oito anos na Câmara Alta do Congresso e evitar uma queda de braço com o PSD de Otto Alencar e o PP de João Leão.
“A vaga que mudou foi a do PT, com a saída de Pinheiro. Como o PT é o maior partido da Bahia, natural é que o governador mantenha a sua vaga e todas as outras mantidas. Como acho que isso não vai ser decidido só por uma pessoa, mas por um colegiado em que o PSB também está, imaginamos que nossa posição também será ouvida. O PSB tem discutido muitas alternativas, não necessariamente ao governo”, aponta.
A senadora comentou ainda a ação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Aécio Neves, sua relação com a nova titular de Urbanismo (Sedur), Jusmari Oliveira (PSD), e com o deputado federal Bebeto Galvão.
Confira a entrevista na íntegra:
bahia.ba – Como está a negociação do partido para 2018 depois de o ingresso de Jusmari no PSB não ter vingado?
Lídice da Mata – Em princípio, nunca houve essa correlação. O que se diz que o PSB perdeu um espaço é algo que a gente não tinha. Analisou-se um pedido do governador para ela vir para o PSB para ocupar uma secretaria. Ora, como não era uma simples filiação de uma deputada, mesmo que não tivesse tradicionalmente na sua cidade uma relação com o partido neste momento – antes o PSB foi sua vice, mas elas romperam –, o partido não tinha uma aliança com Jusmari. Se fosse apenas uma filiação para candidatar-se seria mais rápido. Mas, além de se candidatar, ela iria comandar uma secretaria em nome do PSB, o que implicava em tirar uma pessoa indicada por unanimidade pelo partido [Vivaldo Mendonça, secretário de Ciência e Tecnologia]. Isso, claro, exige um rigor maior, um afunilamento que tinha que acontecer. No nosso entendimento, não era possível fazer sem pesar as ações. Nesse período, parece que o governador e a ex-prefeita chegaram à conclusão de que ela deveria continuar onde está. O peixe que me foi vendido, digamos assim, a história que havia sido dita, era que a ideia dela sair do PSD era porque o partido não poderia ter outra secretaria. Então, ao final de tudo, continuou tudo como era d’antes no quartel de Abrantes.
.ba – A relação da senhora com o senador Otto Alencar também permaneceu a mesma?
LM – Não houve abalo, até porque, nunca tratamos disso. Eu sabia que o senador Otto tinha conhecimento de toda essa tratativa tanto que, quando a [ex] deputada começou a admitir que poderia não dar certo esse processo, eu procurei Otto e perguntei: ‘Houve algum desentendimento?’, e ele disse: ‘Não, não, ela está repensando. Como nós temos ligações intensas, eu também estou revendo, pois eles são duas lideranças importantes na região’. Então cabia a eles resolverem.
.ba – O secretário Vivaldo conversou com a gente e disse que a arrumação para Jusmari assumir a Secti era especulação da imprensa e que ele não sabia de nada. A senhora acha que há faltou comunicação no governo? O secretário que seria substituído não sabia, mesmo com as negociações em curso, como a senhora admitiu que havia?
LM – Pelo tempo, justamente o que o secretário falou deve ser a partir do momento em que ele tomou conhecimento. Ele não foi comunicado pelo governador. Ele foi consultado por nós. Como isso já tinha sido superado, ele deve ter procurado minimizar a questão. Oficialmente, ele não tomou conhecimento. Ele foi consultado por mim e, obviamente, porque respeitamos ele e qualquer quadro que não traia a confiança do partido, ele tinha que ser ouvido e levado em conta. Não poderia ser um ato burocrático que vai, tira, e ele fica como?
“Vivaldo se filiou ao PSB ainda jovem. Ele militou na universidade com o movimento estudantil do PSB. Depois que se formou e passou um tempo em Una, ele largou a militância e teve um contato com o PP, através do ex-deputado Luiz Argolo, e foi indicado como uma pessoa para assumir a CAR [Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional].”
.ba – Mas ainda corre o risco de ele sair e ser colocada outra pessoa na Secti? Não sei se estou enganado, mas ele chegou ao PSB pelas mãos do ex-governador Jaques Wagner…
LM – Não. Vivaldo se filiou ao PSB ainda jovem. Ele militou na universidade com o movimento estudantil do PSB. Depois que se formou e passou um tempo em Una, ele largou a militância e teve um contato com o PP, através do ex-deputado Luiz Argolo, e foi indicado como uma pessoa para assumir a CAR [Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional]. Ele já tinha uma função no consórcio de cidades da região de Una e ele exerceu esse papel na CAR como indicação de Luiz Argolo e depois ele ficou por indicação de Wagner. Aí, por indicação pessoal do governador. Mas ele não veio ao PSB por indicação do governador, mas por relações que ele tinha. Aí ele voltou à militância. Ele foi pensado por nós para ser candidato a prefeito de Ilhéus, acabou que desistimos. Ainda no PSB, no final do governo de Dilma, Wagner o chamou para assumir a imprensa nacional. Então, ficou lá e depois voltou. Voltou normalmente e ele era assessor de Bebeto quando voltou. Voltou só para o PSB, embora mantenha ótimas relações com Wagner, como o PSB mantém.
.ba – Mas o PSB pensa em mudar o comando da secretaria até o final do primeiro mandato de Rui Costa ou cristalizou e vai ser Vivaldo mesmo?
LM – Do ponto de vista do PSB, não tem essa intenção.
.ba – Sobre Bebeto, o PSB fez a conta de que Jusmari seria fundamental para a reeleição dele, já que dizem que ela tem 40 mil votos para transferir no oeste? Se fez, como está o cálculo agora, uma vez que ela continuou no PSD?
LM – Olha, não é que o PSB tenha feito contas. Eu sou muito econômica quando falam de contas de voto. Ela teve 56 mil votos quando foi federal, então é muito difícil que ela passe 40 mil para um deputado que não é da região. O que havia, e que é natural, é que uma liderança que venha ao partido e exerce uma secretaria em nome do partido, dobre com um nome da legenda. Senão seria estranho, já que o partido a indicou para exercer uma função de grande importância. Respeitamos a liderança de Jusmari, sabemos que ela tem muita capacidade de votos, mas não fizemos contas.
.ba – Ainda sobre Bebeto, ele tem uma relação um pouco dúbia nacionalmente. Ele deixa de votar algumas matérias que são importantes para a categoria dos sindicalistas, vira e mexe aparece na agenda do presidente Michel Temer. Além de ser muito amigo do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Leo Prates (DEM), e do deputado Paulinho da Força (SD-SP). Bebeto goza de confiança irrestrita no PSB?
LM – Vamos por partes. Primeiro, a votação que eu lembro que Bebeto teria feito diferente do que eu votei, teria sido a PEC 55, que foi logo no início do governo Temer e muitos acreditavam que aquilo apontava para uma reorganização das finanças nacionais. Talvez tenha sido a única…
.ba – A reforma trabalhista ele também não votou.
LM – A reforma trabalhista ele teve um posicionamento contrário e claro de ser contra. Sobre a relação com Paulinho da Força, eles são da mesma central sindical. Uma central sindical tem conseguido articular o que pensa o movimento sindical de forma semelhante. Quando Bebeto veio para o PSB, ele já era da Força Sindical. Então, o fato de ele ter essa relação com Paulinho não é submissão ou necessidade de repetir aqui o pensa o Paulinho da Força. Já vi os dois tendo confrontos grandes, justamente por sua posição em relação ao impeachment da presidente Dilma. Leo Prates tem uma relação com o Sintepav. Ele tem uma construtora, ou alguém próximo. Através do sindicato se estabeleceu uma relação com Leo Prates. Uma parte dos membros do sindicato o apoiou em 2016 para vereadores, assim como apoiam Bebeto e eles têm essa relação. Mas isso nunca impactou em sua posição dentro do PSB.
“Nunca o PSB discutiu minha candidatura para deputada federal. Segundo que eu acho estranho que Bebeto saia de um partido maior que o Solidariedade e ache que tenha chance melhor de se eleger do que no PSB.”
.ba – Dentro da especulação da relação de Bebeto com Leo Prates, o que se diz nos bastidores é que ele, por temer uma candidatura da senhora a deputada federal, estaria viabilizando um ingresso no Solidariedade. Ele já teria se reunido com Leo Prates, que tentaria ser deputado estadual e já pensaria em uma dobradinha com ele para federal, pelo Solidariedade. Tem fundamento?
LM – Na época que saiu isso, eu convoquei uma coletiva com Bebeto, lado a lado, onde ele desmentiu tudo isso. Nunca o PSB discutiu minha candidatura para deputada federal. Segundo que eu acho estranho que Bebeto saia de um partido maior que o Solidariedade e ache que tenha chance melhor de se eleger do que no PSB. No campo de centro-esquerda, somos uma legenda com razoável capacidade eleitoral. Na eleição de Bebeto saímos com o PSL, que nem tinha candidato para deputado federal, e tivemos 270 mil votos. Bebeto se elegeu com todo conforto. Não acredito que essa seja a grande preocupação dele. Todos do nosso campo estão preocupados com 2018, pois as regras não estão muito claras. Embora tenhamos votado o fim da coligação proporcional só em 2020 e a cláusula de barreira de 1,5% em nove estados. Há de se convir que não é um patamar alto. Quem passar, em 2018, com 1,5%, vai passar em uma linha de corte se fortalecendo. A última vez que tivemos cláusula de barreira, o PSB teve bom desempenho nacional. Historicamente, não estamos entre os maiores nem os menores. Nosso esforço é para que o PSB cresça.
.ba – Mas dentro desse cenário, a senhora disse que não foi discutida a sua candidatura a federal. Caso a chapa do ano que vem dê o que se tem especulado, que é Rui candidato à reeleição, Leão senador ou vice, Coronel vice ou senador e Wagner senador, a senhora concorreria a qual cargo? Pode lançar uma candidatura avulsa ao governo novamente?
LM – Em 2010 foi uma vaga do PT no Senado, uma vaga do PT no governo, uma vaga do PSB e uma vaga do PP. Quando deu um só senador, foi o governador do PT, o vice do PP e o senador do PSD, que foi Otto. Ora, em 2018, na minha concepção, quanto menos se mexer na chapa, melhor. A vaga que mudou foi a do PT, com a saída de Pinheiro. Como o PT é o maior partido da Bahia, natural é que o governador mantenha a sua vaga e todas as outras mantidas. Como acho que isso não vai ser decidido só por uma pessoa, mas por colegiado em que o PSB também está, imaginamos que nossa posição também será ouvida. O PSB tem discutido muitas alternativas, não necessariamente ao governo. Mas são alianças mais diversas que estão sendo debatidas.
.ba – Inclusive alianças com partidos que não estão ao lado de Rui?
LM – Claro que não. O PSB não advoga isso, escolheu um lado político na Bahia. Talvez por isso alguns dão tanto valor à ameaça de perder. Eu não admito isso. Eu sou ainda do tempo político que valorizo a fidelidade e não a possibilidade da infidelidade. Dentro disso que temos que discutir a chapa.
.ba – Caso o jogo se desenhe com as exigências do PP e do PSD, a senhora descarta completamente a candidatura ao governo? E mais, a senhora abdicaria de uma candidatura a deputada federal?
LM – Não dá para conversar com tanto ‘se’. Aí é fazer plano demais. Não tem partido hoje que consiga fazer o plano A direito, quanto mais o B e o C. Acabamos de viver uma caravana de Lula no Nordeste, sendo aclamado. Havia naquele momento uma grande expectativa da sua candidatura. Mas, hoje, quem pode afirmar isso? Quem pode dizer que Lula vai ser candidato? Ninguém pode. Se não for, quem será? Será do PT? Se for do PT, quem será? Será melhor ou pior para as candidaturas aqui na Bahia?
.ba – Se for Wagner é muito bom para a senhora, né?
LM – Para mim e para a Bahia. Seria ótimo para o Brasil também, na minha opinião. E deverá ser do PT? Pode ser de outro partido. É um processo tão impactante que nomes podem surgir. O PT tem força real na política brasileira. O candidato que Lula disser ‘é o meu candidato’ tem muita força. Não podemos negar que Haddad não tem muita passagem no Nordeste, mas se se transformar no candidato de Lula, pode crescer. Ganhar outro peso. Quais são os candidatos? Bolsonaro? É um candidato antes da eleição, estamos longe para ensaiar um vencedor. Quem é? Alckmin, Doria? Todos esses têm muita rejeição. Esse jogo está ainda muito difícil, não temos ideia do time que vai ser escalado de qualquer lado.
“Não pode o Supremo decidir pela prisão de um senador sem a deliberação do Senado. Essa é a regra. Justamente pelo Supremo não ter decidido pela prisão, e sim pelo afastamento [de Aécio Neves], ele tomou uma decisão heterodoxa.”
.ba – Mas contra Rui a senhora não sai, né?
LM – Provavelmente, não. Estamos em uma aliança e, na medida em que estamos nela, vamos lutar para ela ser vitoriosa.
.ba – Senadora, vimos o STF decidir pelo afastamento do senador Aécio Neves e pelo seu recolhimento noturno. Primeiro, gostaria de saber se a senhora concorda com a posição e se votará a favor do afastamento quando tiver de se posicionar no plenário.
LM – O Supremo tomou uma decisão não usual. Então, não é concordar, é de você seguir e de que forma seguir, e se está dentro da regra. A polêmica é: sendo uma decisão não usual, fere ou não a autonomia do Poder Legislativo? Não pode o Supremo decidir pela prisão de um senador sem a deliberação do Senado. Essa é a regra. Justamente pelo Supremo não ter decidido pela prisão, e sim pelo afastamento, ele tomou uma decisão heterodoxa. Por isso o Senado tem que fazer uma análise da mesma forma. Boa parte da Casa analisa que há confronto no entendimento do Senado, que analisa que não pode ter afastamento, já que essa posição não existe. Afastado até quando? Nada disso está regulado. Como é isso? O processo, no entanto, é complexo, pois quem deveria fazer isso era o Senado. Deveríamos ter afastado o senador no Conselho de Ética, que analisaria desde uma reclamação verbal até a cassação do mandato. Ao Senado, sim, tem a permissão da suspensão do mandato. Estamos diante de uma polêmica jurídica. O meu partido apresentou na última reunião de liderança uma posição de análise de uma Adin que foi apresentada ao STF pelo PSC e mais dois partidos, na época de Cunha, buscando saber se, em caso de afastamento, se o Poder Legislativo pode revogar ou não a decisão do Supremo. Essa Adin foi apresentada como ideia e queremos que o presidente do Senado antecipe o seu posicionamento sobre essa Adin para a gente limpar o terreiro. O que não é desejável é que a gente intensifique a crise no país com um embate entre o Legislativo e o Judiciário. É ruim o clima que se cria, pois, a imprensa cria uma clima de que o Senado faz isso por ter muita gente investigada. Jogar suspeição sobre o Senado também não adianta. A partir daí, em diversos, momentos, estamos em tensão com o Judiciário. O Ministério Público já solicitou a prisão de presidentes do Legislativo sem nem terminar a investigação. Um poder não está respeitando o outro.
.ba – A senhora foi prefeita de Salvador, com ACM no comando da Bahia, foi líder da oposição na Assembleia, e agora tudo se desenha para que o neto dele seja candidato contra Rui. A senhora acha que ACM Neto é um ACM melhorado, a mesma coisa travestida, ou é diferente?
LM – Ele tem muitas semelhanças de personalidade, agora ele tem muito menos idade do que ACM tinha no seu principal período de atividade política, e vivendo em época política diferente. Mas sinto que há resquício do método sendo retomado. Agora mesmo, quando informam que a bancada de oposição na Bahia vai ao presidente para exigir que não liberem R$ 600 milhões de um empréstimo aprovado pelo Banco do Brasil e que, se isso sair, não mais votarão com o presidente, eu vejo nisso o método anterior, da perseguição, de que dizia que amava a Bahia, mas impôs a Salvador a perseguição para fazer valer a sua vontade e a vitória dos seus. Esse método que a gente achava que estava aposentado volta com outra roupagem. É um carlismo moderado por não ter poder para exercer. Eu não quero ver de volta essa metodologia, que não tem e não terá o meu apoio. Impedir que o dinheiro saia é um amor travestido de utilização. Você diz que ama a Bahia, mas persegue.
.ba – Na avaliação da senhora, uma vitória de Neto seria a volta do carlismo?
LM – Eu acho que sim, mas vejo com pouca possibilidade a existência desse cenário. Nesses quatro anos, alguns já estiveram eleitos e ‘deseleitos’. Quando acaba a eleição municipal, seus aliados lançam que ele já está eleito. Mas há uma distância muito grande. Rui se fortaleceu muito e tem se fortalecido, mesmo com essas dificuldades, pois mostra capacidade de administrar na adversidade. Eu fui prefeita na adversidade e sei da diferença de uma coisa para a outra. Não há ninguém eleito nesse momento, mas tem muito mais chance de [vitória de] Rui do que do prefeito.
.ba – Na sua avaliação, o que é pior, o ‘Fica, Temer’ ou o ‘Fora, Temer’ com ascensão de Rodrigo Maia a presidente e reforço para Neto?
LM – Está tão próximo do prazo, que acho que não tem mais sentido qualquer outro assumir que não seja para convocar novas eleições. Imagine que esse processo de Temer dure três meses, vamos chegar ao fim do ano. Vamos mudar o presidente no ano da eleição. Então, é melhor antecipar a eleição. Um presidente só por uns meses, para assumir o processo da eleição. O que não pode é levar o país para uma situação artificial. Para mim, é ‘fora todos’ e ‘Diretas, Já’!
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