Árbitro relata agressões e pressão de dirigentes em súmula do Ba-Vi

O juiz Jaílson Macedo Freitas, responsável pela arbitragem do Ba-Vi do último domingo (19), relatou a confusão ocorrida na súmula oficial do jogo. De acordo com ele, Vinícius foi expulso por fazer gestos obscenos para a torcida adversária, o que acarretou a briga generalizada onde sete jogadores, quatro do Bahia e três do Vitória, foram expulsos.

“Expulsei aos 20 minutos do segundo tempo, com cartão vermelho direto, o Sr. Vinícius Góes B. De Souza, N° 29 do E.C. Bahia, por comemorar o gol da sua equipe em frente à torcida adversária fazendo gestos obscenos provocando a mesma”, relatou.

Os outros tricolores expulsos na confusão foram Edson, Rodrigo Becão e Lucas Fonseca. Os dois primeiros foram acusados de agredir Bryan e Kanu, respectivamente, enquanto Fonseca foi retirado por “empurrar com uso de força excessiva na altura do pescoço” o atacante Denilson.

No lado rubro-negro, Kanu foi expulso por agressão direta a Vinícius, com o agravante do atleta do Bahia ter precisado de atendimento médico. “Expulsei por conduta violenta, aos 20 minutos do segundo tempo, com cartão vermelho direito, o Sr.Antônio Eduardo P. dos Santos, N° 25 do E.C. Vitória, por atingir com socos no rosto do Sr. Vinícius Góes B. de Souza, M° 29, do E.C. Bahia.Informo que o referido atleta precisou de atendimento médico devido agressões sofridas”, relatou Jaílson. Denílson e Rhayner também foram expulsos por agressões a Vinicius, “com socos nas costas”, e Edson, “com um soco no rosto”.

Outras expulsões e pressão de dirigentes – Após o retorno da partida, o meia Uillian Correia também foi expulso após receber o segundo cartão amarelo. Segundo Jaílson, o atleta rubro-negro teria “puxado o atleta Zé Rafael impedindo um ataque promissor”. Na sequência do lance, a maior polêmica da partida após expulsar Bruno Bispo “por retardar o reinício do jogo de forma acintosa e ainda chutando a bola do local da cobrança”, relatou.

Jaílson informou ainda que teria sido abordado por diretores de futebol das duas equipes para pressioná-lo sobre situações do jogo. Na saída para o intervalo, o diretor do Bahia, Diego Cerri, teria dito:”Jailson, no gol do Vitória, a bola foi na mão claramente”.

Logo após, Erasmo Damiani, do Vitória, abordou o árbitro. “Não aceite pressão do dirigente do Bahia”, teria dito. Ao fim da partida, o mesmo Damini voltou a se dirigir a equipe de arbitragram. “Você está de brincadeira, aceitou a pressão do Bahia”.

Foi registrado ainda a invasão de dois torcedores rubro-negros ao campo “sendo os mesmos contidos imediatamente pelo policiamento”.