Publicado em 01/03/2018 às 07h20.

Em nota, Bahia lamenta julgamento e anuncia que segue no Baianão

O clube também lembrou outro Ba-Vi que foi a júri, em 1999, quando alegou que o Barradão não poderia ser utilizado na final do torneio

Mateus Soares
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

 

O Esporte Clube Bahia se manifestou, na noite desta quarta-feira (28), a respeito do julgamento do último Ba-Vi, no Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA), onde jogadores dos dois clubes foram punidos, outros absolvidos e o Vitória multado em R$ 100 mil pelo encerramento da partida por insuficiência de jogadores.

Em nota, o Esquadrão lamentou o resultado da sentença e ainda sinalizou que vai seguir no Campeonato Baiano. No entanto, deixou no ar a possibilidade de mudanças a partir das próximas temporadas.

No comunicado, o Tricolor também lembrou outro clássico que foi a júri, em 1999, quando o Bahia alegou que o Barradão não poderia ser utilizado na final do Baianão daquele ano.

Confira:

O Esporte Clube Bahia vem a público manifestar-se sobre as recentes decisões do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia:

1 – O julgamento realizado na noite desta terça-feira (27) é um símbolo do que vivemos no futebol baiano nos últimos anos e um indicativo claro do que podemos esperar do seu futuro. A falta de compromisso com a verdade real e a desconexão absoluta com a dimensão dos fatos permitiram que um abandono de campo por um clube de Série A do futebol brasileiro permanecesse impune.

Ou seja, a depender das circunstâncias, vale a pena abandonar o campo. É só negar repetidamente, inclusive em rede nacional de televisão. Risos, resenhas, pulso cerrado para a torcida e quem sabe – lá distante – um incômodo no travesseiro.

2 – Há quase 20 anos, em 1999, o Bahia utilizou estratégia equivalente, esquivando-se da disputa em campo e deslocando a luta para os tribunais. Foi uma mancha em nossa história. Depois disso vimos outros desmandos, dentro e fora do clube. Lutamos contra isso, nos democratizamos, amadurecemos. Uma atitude semelhante a essa, em pleno ano de 2018, seria provavelmente motivo de crise e não de orgulho dos dirigentes ou da torcida. Que esse jogo sirva ao menos para amadurecimentos institucionais.

3 – Seguiremos firmes e de pé no Campeonato Baiano. Isso não significa que ele tenha credibilidade. Significa que acreditamos em nosso clube e que temos respeito por nossa torcida, nossos patrocinadores e pela Bahia. Significa que temos serenidade para tomar as decisões mais difíceis, inclusive essa de seguir em campo. Em campo conquistamos as nossas grandes glórias, inclusive os dois títulos nacionais.

4 – Sobre o futuro do futebol baiano, esperamos uma transformação equivalente àquela que o Esporte Clube Bahia passou nos últimos quatro anos. Uma transformação trabalhosa, conflituosa, capaz de romper modelos e paradigmas. Mas uma transformação pela sobrevivência. Faremos a nossa parte, e não faremos pouco.

5 – Quanto aos tribunais, e especificamente ao Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia, cada decisão terá impacto no futuro das próximas edições do campeonato e do próprio futebol baiano. Mais que interpretar e aplicar bem as normas, precisam ser a expressão de avanços éticos e sociais.

Muitas escolhas do Esporte Clube Bahia e de outros clubes certamente estarão relacionadas às escolhas dos próprios tribunais. Que aproveitem bem as oportunidades que ainda restam para mostrar que a Bahia não está mais no século passado.

Quem nasceu para vencer não fugirá jamais“.

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