ONU Mulheres anuncia jogadora Marta como embaixadora global da Boa Vontade
Atleta apoiará trabalho das Nacões Unidas pela igualdade de gênero, inspirando mulheres e meninas a desafiar estereótipos e seguir seus sonhos, inclusive no esporte
A ONU Mulheres anunciou nesta quinta-feira (12) a nomeação da renomada jogadora de futebol brasileira Marta Vieira da Silva como Embaixadora da Boa Vontade para mulheres e meninas no esporte.
Marta dedicará seus esforços a apoiar o trabalho pela igualdade de gênero e empoderamento em todo o mundo, inspirando mulheres e meninas a desafiar estereótipos, superar barreiras e seguir seus sonhos e ambições, inclusive no esporte.
Considerada a melhor jogadora de futebol feminino de todos os tempos, Marta está no time Orlando Pride, na Liga Nacional Feminina de Futebol dos Estados Unidos, e atua como atacante da Seleção Brasileira.
Ela é a maior pontuadora da Copa do Mundo Feminina da FIFA e foi nomeada Jogadora do Ano cinco vezes consecutivas. Também foi membro das seleções brasileiras que conquistaram a medalha de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008 e foi nomeada uma das seis embaixadoras da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
“Marta é um modelo excepcional para mulheres e meninas em todo o mundo. Sua experiência de vida conta uma história poderosa do que pode ser alcançado com determinação, talento e coragem”, disse a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.
“O esporte é uma linguagem universal — nos inspira e nos une, pois amplia nossos limites. Estamos ansiosas para trabalhar de perto com Marta para trazer o poder transformador do esporte para mais mulheres e meninas, e para construir rapidamente a igualdade. Tenho o prazer de recebê-la na família da ONU Mulheres”, completou.
Marta disse ser um honra se tornar embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres para mulheres e meninas no esporte. “Estou totalmente comprometida em trabalhar com a ONU Mulheres para garantir que mulheres e meninas em todo o mundo tenham as mesmas oportunidades que homens e meninos têm para realizar seu potencial. Eu sei, a partir da minha experiência de vida, que o esporte é uma ferramenta fantástica para o empoderamento”, disse Marta.
“Em todo o mundo, hoje, as mulheres estão demonstrando que podem ter sucesso em papéis e posições anteriormente mantidas para os homens. A participação das mulheres no esporte e na atividade física não é exceção”, declarou.
Segundo a atleta, por meio do esporte, mulheres e meninas podem desafiar normas socioculturais e estereótipos de gênero e aumentar sua autoestima, desenvolver habilidades de vida e liderança. Também podem melhorar sua saúde e posse e compreensão de seus corpos; tomar consciência do que é violência e como evitá-la, procurar serviços disponíveis e desenvolver habilidades econômicas, salientou.
Mulheres no esporte – As mulheres no esporte são mais visíveis do que nunca. Durante as Olimpíadas do Rio, em 2016, aproximadamente 4.700 mulheres – 45% de todos os atletas – representaram seus países em 306 eventos.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada por lideranças mundiais em 2015, definiu o roteiro para alcançar a igualdade de gênero até 2030 e reconhece explicitamente o esporte como um importante facilitador para o desenvolvimento e o empoderamento das mulheres.
O esporte pode capacitar, quando combinado com espaços seguros e oportunidades de aprendizagem de habilidades de vida holísticas que aumentam a autonomia de uma menina.
O programa “Uma vitória leva à outra”, desenvolvido pela ONU Mulheres e Women Win, tem trabalhado com mulheres jovens e meninas no Rio de Janeiro para fornecer treinamento esportivo e habilidades para a vida, e provou melhorar a confiança e a compreensão das meninas em saúde sexual e direitos, finanças e habilidades de liderança.
A iniciativa melhora sua capacidade de mulheres jovens e meninas de influenciar decisões que afetam suas vidas em todos os níveis, e deve ser replicado na Argentina e em outros países do mundo.
No entanto, as mulheres e meninas no esporte continuam a enfrentar sérios desafios, e há um longo caminho a percorrer para alcançar a igualdade no mundo do esporte.
Meninas e mulheres em todo o mundo têm menos oportunidades, menos investimento e enfrentam discriminação e até assédio sexual quando praticam esporte. Quando o fazem como atletas profissionais, enfrentam o teto de vidro e uma substancial diferença salarial.
O pagamento total para a última Copa do Mundo Feminina de Futebol, por exemplo, foi de 15 milhões de dólares, comparado a 576 milhões de dólares para a última Copa do Mundo de Futebol Masculino.
De acordo com o relatório de 2017 do Sporting – o Global Sports Salaries Survey (GSSS) – entre os atletas de elite, as mulheres ganham em média apenas 1% do que os homens de elite ganham. No ranking da Forbes, dos 100 atletas mais bem pagos, não havia uma mulher entre as principais ganhadoras do mundo.
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